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Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Americanas

As cifras envolvidas colocam o pedido do gigante do setor entre os quatro maiores da história do Brasil

Economia|Do R7


A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial nesta quinta (19)
A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial nesta quinta (19)

O juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, aceitou nesta quinta-feira (19) o pedido de recuperação judicial da Americanas. Na petição encaminhada à Justiça também nesta quinta, a empresa diz que tem dívidas de R$ 43 bilhões com cerca de 16,3 mil credores.

A decisão ocorre depois que a empresa anunciou, no último dia 11, que havia encontrado inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões ligadas à conta de fornecedores e que o presidente-executivo, Sérgio Rial, decidira deixar a companhia apenas dez dias depois de ter assumido o cargo. O valor a ser protegido das ações de credores, no entanto, chega a R$ 43 bilhões.

Por meio da recuperação judicial, uma empresa que está em dificuldades financeiras consegue obter um prazo, sem a cobrança de suas dívidas, para tentar se recuperar e evitar a falência. As cifras envolvidas colocam o pedido da Americanas entre os quatro maiores da história do Brasil.

Com a decisão, ficam suspensas todas as execuções financeiras contra o Grupo Americanas.

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Na petição enviada à Justiça nesta quinta, o gigante do setor de varejo, com mais de 3.600 lojas, lembra a tentativa feita anteriormente de buscar uma tutela cautelar que o protegesse por 30 dias, que foi mal recebida pelo BTG.

A empresa justifica o pedido ao explicar que, mesmo sem embasamento contratual nem legal, outros antigos parceiros declararam o vencimento antecipado de obrigações da companhia, "fechando as portas para qualquer tipo de negociação amigável viável".

Com o pedido de recuperação judicial, a empresa busca sua sobrevivência, tendo como principal foco o pagamento de impostos e a manutenção dos empregos. O plano de recuperação apresentado na petição deve ser aprovado por 50% dos credores, e mesmo os que não concordarem terão de se submeter a ele. Caso o plano não seja aceito, poderá ser decretada a falência da companhia.

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