Mercado financeiro eleva para 5,63% expectativa de inflação em 2022
Revisão dos analistas aumenta projeção para o índice oficial de preços deste ano pela segunda semana consecutiva, mostra BC
Economia|Do R7
![Preços administrados vão fechar 2022 com queda superior a 4%](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/QA52Q6BOQZP27FUAEL4WTYNMCE.jpg?auth=812f4aedee13a5630156953e642d5fb11408a052ee4d56becd3f165312b8ed20&width=677&height=369)
As expectativas do mercado financeiro para a inflação de 2022 subiram pela segunda semana consecutiva, segundo informações apresentadas nesta segunda-feira (7) pelo BC (Banco Central), a partir de estimativas apresentadas por analistas.
A previsão atual é de que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) encerre o ano em 5,63%, ante alta prevista de 5,61%. Há quatro semanas, a expectativa era de um salto de 5,74% nos 12 meses, finalizados no próximo dezembro.
As novas projeções vêm em linha com o fim do ciclo de inflações no campo negativo. Para outubro, a previsão é de alta dos preços na casa de 0,42%. Em novembro e dezembro, os analistas projetam avanços de, respectivamente, 0,4% e 0,66%.
As sequências de 16 previsões de alta menor dos preços, interrompida na semana passada, seguiram a redução da alíquota do ICMS sobre a gasolina e a energia elétrica nos estados — após o governo federal ter zerado o PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim deste ano.
Mesmo com a alta atual, as expectativas ainda indicam a convergência da inflação oficial para a meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2% a 5%). Para 2023, 2024 e 2025, as previsões para o índice oficial de preços permaneceram estáveis em 4,94%, 3,5% e 3%, respectivamente.
Juntamente com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar na chegada de 2023 segue em R$ 5,20. Para os preços administrados, como energia e combustíveis e planos de saúde, a expectativa voltou a subiu e passou para uma queda estimada em 4,16% neste ano, resultado a ser motivado pelo corte de impostos.