Oferta mundial de petróleo cai com furacão, incêndios e pandemia
Segundo a AIE, apenas no começo de 2022 a produção será alta o suficiente para garantir que os estoques se recomponham
Economia|Do R7
O impacto do furacão Ida nos EUA e outro cortes de fornecimento de petróleo irão reduzir significativamente a produção global da commodity este ano, segundo avaliação da AIE (Agência Internacional de Energia).
Em relatório mensal publicado nesta terça-feira (14), a AIE reduziu sua previsão para a alta na oferta mundial fora da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) em 2021 em 150 mil barris por dia (bps), a 450 mil (bpd), e ao mesmo tempo cortou sua projeção de avanço na demanda global em 100 mil bpd, a 5,2 milhões de bpd, citando os efeitos da variante delta do coronavírus.
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"Apenas no começo de 2022 a oferta será alta o suficiente para garantir que os estoques de petróleo se recomponham", disse a entidade, que tem sede em Paris.
O furacão Ida, incêndios em instalações petrolíferas no México e na Rússia e problemas operacionais na Nigéria e na Líbia tiraram 600 mil bpd de circulação em agosto, disse a AIE, apontando que esses cortes levaram ao primeiro declínio na oferta global de petróleo em cinco meses.
Para 2022, a AIE elevou sua previsão de acréscimo no fornecimento fora da Opep em 100 mil bpd, a 1,8 milhão de bpd. No caso da demanda para o próximo ano, a projeção de incremento foi mantida em 3,2 milhões de bpd.
Ainda no relatório, a AIE estima que o cumprimento do acordo de restrição da oferta pela Opep+ - grupo formado pela Opep e dez países, incluindo Rússia - ficou em 116% em agosto. No mês passado, a produção da Opep+ teve queda de 110 mil bpd, estima a agência.
A AIE também informou que os estoques de petróleo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sofreram redução de 34,4 milhões de barris em julho, a 2,85 bilhões. O volume ficou 120 milhões de barris abaixo da média do período pré-pandemia de 2015 a 2019.