As micro e pequenas empresas passarão a contribuir com os debates climáticos na COP30, que será realizada em Belém (PA), em novembro. Para isso, contarão com o apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), por meio de incentivos e suporte para planejamento sustentável. Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o evento representa uma oportunidade para mostrar ao mundo o protagonismo da pequena economia no Brasil.O país possui 21,7 milhões de pequenos negócios registrados, equivalendo a 97% de todas as empresas brasileiras. Esse segmento é responsável por 26,5% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional e criou 72% dos empregos gerados em 2024.Lima aponta não ser possível que a sustentabilidade exclua a pequena economia, que representa 95% dos CNPJs no Brasil e é a principal responsável pela empregabilidade em toda a pulverização econômica.“Pela primeira vez, vamos ter um território definido [na COP30] para mostrar a importância da economia e seus exemplos dentro desse conceito imprescindível à existência do planeta e da humanidade, que é a economia sustentável”, afirmou o presidente.Os primeiros passos para a participação foram detalhados em um plano divulgado nesta quinta-feira (15) pelo Sebrae. O documento inclui eixos estratégicos voltados à agricultura e segurança alimentar, ao empreendedorismo feminino, à economia circular e à transição energética.Veja o documento:O planejamento também ressalta a necessidade de ampliar o acesso ao crédito para microempresários. Segundo Décio, todo o fundo do programa Acredita, voltado ao financiamento de pequenos negócios, será direcionado a ações de desenvolvimento sustentável.Ainda conforme o presidente, estados e municípios que mantêm parceria com o Sebrae, além do Distrito Federal, estarão incluídos na construção da participação brasileira na COP30.O Sebrae espera que a presença da pequena economia na COP30 contribua para sua inclusão definitiva nas pautas das próximas conferências climáticas. Para Décio Lima, a participação poderá representar um marco regulatório com impacto duradouro no evento.“Não tenho a menor dúvida de que será um marco regulatório. A COP conta com as chamadas Blue Zone e Green Zone, e agora terá uma zona específica para mostrar o retrato do Brasil e, futuramente, do mundo, quanto ao protagonismo da pequena economia”, concluiu.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp