Preço do aluguel de apartamentos sobe 1,28% em fevereiro em 25 cidades do país
De acorodo com o Índice FipeZap, as variações dos aluguéis superaram as do IPCA/IBGE (de +0,83%) e do IGP-M/FGV (de -0,52%)
Economia|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília
O preço do aluguel de imóveis residenciais aumentou 1,28% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado. A conclusão é do Índice FipeZAP de Locação Residencial, que acompanha o valor médio de locação de apartamentos em 25 cidades brasileiras, com base em anúncios na internet. A alta representou aceleração dos preços em relação às variações de outubro (+0,70%), novembro (+0,85%), dezembro (+1,00%) e janeiro (+1,26%).
De acordo com o estudo, imóveis com um dormitório registraram a maior elevação no último mês (+1,60%). Já as unidades com quatro ou mais dormitórios tiveram aumento de 0,47%. Ainda segundo o índice, as variações dos aluguéis superaram as do IPCA/IBGE (de +0,83%) e do IGP-M/FGV (de -0,52%).
Considerando as 25 cidades que integram o índice, 22 registraram encarecimento mensal do aluguel, incluindo as 10 das 11 capitais monitoradas. A exceção foi Fortaleza, onde os preços de locação recuaram 0,11% em fevereiro. Confira:
• Brasília (+3,24%);
• Curitiba (+2,21%);
• Salvador (+1,88%);
• Recife (+1,77%);
• Florianópolis (+1,67%);
• Goiânia (+1,64%);
• Rio de Janeiro (+1,32%);
• Belo Horizonte (+0,95%);
• Porto Alegre (+0,90%); e
• São Paulo (+0,83%).
Balanço parcial de 2024
O índice destacou alta acumulada de 2,56% no aluguel residencial — resultado que supera as variações do IPCA/IBGE (+1,25%) e do IGP-M/FGV (-0,45%). A alta nominal no valor do aluguel no início de 2024 também abrangeu 10 das 11 capitais monitoradas. Em Fortaleza, os preços de imóveis residenciais para locação apresentaram queda de 0,60% no primeiro bimestre.
• Brasília (+6,60%);
• Salvador (+4,24%);
• Curitiba (+3,89%);
• Recife (+3,37%);
• Florianópolis (+2,78%);
• Rio de Janeiro (+2,65%);
• Goiânia (+2,51%);
• Belo Horizonte (+2,06%);
• Porto Alegre (+1,87%); e
• São Paulo (+1,73%).
Análise dos últimos 12 meses
Com base nos primeiros resultados do ano, foi verificada alta de 15,85% nos últimos 12 meses. A variação do índice nesse recorte temporal também se manteve acima dos resultados acumulados pelo IPCA/IBGE (+4,50%) e pelo IGP-M/FGV (-3,76%).
Os imóveis com um dormitório se valorizaram bem acima da média nesse intervalo (+18,95%), contrastando com o aumento menor entre unidades residenciais de quatro ou mais dormitórios (+10,57%).
Todas as 25 cidades que integram o índice registraram valorização nos últimos 12 meses, incluindo 11 capitais cujas altas podem ser ordenadas da seguinte forma:
• Goiânia (+30,98%);
• Florianópolis (+23,41%);
• Curitiba (+21,07%);
• Rio de Janeiro (+17,93%);
• Fortaleza (+17,19%);
• Brasília (+16,82%);
• Belo Horizonte (+15,43%);
• Porto Alegre (+14,75%);
• Salvador (+14,07%);
• Recife (+13,42%); e
• São Paulo (+13,14%).
Preço médio de locação residencial
O preço médio do aluguel de imóveis residenciais foi calculado pelo índice em R$ 43,66 por metro quadrado. Mais uma vez, os maiores valores médios foram observados no aluguel de imóveis de um dormitório (R$ 56,85 por metro quadrado) e os menores, entre unidades com três dormitórios (R$ 38,22 por metro quadrado). A cidade de São Paulo apresentou o preço médio mais elevado (R$ 52,54/m²).
O preço médio de outras capitais
• Florianópolis (R$ 51,18/m²);
• Recife (R$ 48,90/m²),
• Rio de Janeiro (R$ 46,39/m²);
• Brasília (R$ 43,55/m²);
• Curitiba (R$ 37,71/m²);
• Belo Horizonte (R$ 37,40/m²);
• Goiânia (R$ 37,14/m²);
• Salvador (R$ 34,64/m²);
• Porto Alegre (R$ 32,26/m²); e
• Fortaleza (R$ 28,27/m²).
Rentabilidade do aluguel
A razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor comprar um imóvel residencial para alugar. O retorno médio do aluguel residencial foi avaliado em 5,79% ao ano, patamar inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses.
A rentabilidade projetada do aluguel residencial foi relativamente maior entre imóveis com apenas um dormitório (6,48% ao ano), contrastando com o menor percentual de retorno entre unidades com quatro ou mais dormitórios (4,45% ao ano).
Individualmente, destacaram-se as taxas apuradas para as seguintes capitais monitoradas:
• Recife (7,46% ao ano);
• Salvador (6,64% ao ano);
• Goiânia (6,01% ao ano);
• São Paulo (5,88% ao ano); e
• Brasília (5,79% ao ano).