Logo R7.com
RecordPlus

Saiba como projeto de isenção do IR vai afetar o bolso do brasileiro

Proposta prevê que quem ganha até R$ 5.000 não pague imposto de renda a partir do ano que vem

Economia|Yumi Kuwano, do R7, em Brasília

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Projeto de isenção do Imposto de Renda propõe que quem ganha até R$ 5.000 não pague o imposto a partir do próximo ano.
  • Isenção parcial será aplicada para rendimentos de R$ 5.001 a R$ 7.350, beneficiando cerca de 500 mil contribuintes.
  • A proposta prevê uma taxação maior para os super-ricos, com alíquotas de até 10% para rendimentos acima de R$ 100 mil mensais.
  • O governo busca aprovar a mudança até setembro de 2023, para que as novas regras entrem em vigor em janeiro de 2026.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Atualmente, está livre do IR quem recebe até R$ 3.036 mensais
Atualmente, está livre do IR quem recebe até R$ 3.036 mensais Marcello Casal Jr./Agência Brasil/Arquivo

Nesta quarta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir a votação da ampliação da isenção do IR (Imposto de Renda).

O projeto prevê a dispensa de pagamento do imposto para quem ganha até R$ 5.000, além de isenção parcial para rendimentos de R$ 5.001 a R$ 7.350.


Atualmente, estão livres do IR aqueles que recebem até R$ 3.036.

O projeto está pronto para votação na Câmara, mas ainda não foi pautado.


Leia mais

O que é o Imposto de Renda?

O Imposto de Renda é um tributo federal aplicado sobre a renda dos brasileiros. A cobrança é feita com base nos ganhos de cada pessoa, por isso que trabalhadores e empresas devem informar à Receita Federal seus recebimentos anuais.

Com os dados em mãos, o órgão avalia se o que foi pago condiz com os rendimentos.


De acordo com o governo federal, os recursos arrecadados com o imposto de renda são usados para a saúde, educação, segurança e inúmeros serviços públicos prestados ao cidadão brasileiro, contribuindo para o desenvolvimento do país.

Quem será beneficiado?

Ampliar a faixa de isenção do tributo pode contemplar 14 milhões de brasileiros, segundo o relator da proposta na Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL).


Segundo a proposta, quem tem rendimentos mensais de até R$ 5.000 não precisará contribuir com a Receita Federal, órgão responsável por recolher o tributo.

A isenção parcial para rendimentos de R$ 5.001 a R$ 7.350 — que deve beneficiar 500 mil contribuintes — vai ser gradativa, com um desconto específico para cada faixa de renda.

Quem ganha até R$ 5.500, por exemplo, teria 75% de desconto. Para pessoas com salário de R$ 6.000, o desconto seria de 50%.

Atualmente, quem ganha acima de R$ 4.664,68, paga 27,5% sobre a renda mensal.

Quem vai pagar a “conta”?

A proposta criada pelo governo prevê uma taxação adicional dos mais ricos para compensar os custos da isenção.

Pelo texto, quem ganha em torno de R$ 50 mil mensais pagaria uma alíquota mais próxima de zero. Essa alíquota subiria gradativamente até o valor máximo de 10% — que seria cobrado de quem tem rendimentos superiores a R$ 100 mil mensais, o que equivale a R$ 1,2 milhão ao ano.

O imposto para os super-ricos afetaria cerca de 140 mil contribuintes brasileiros.

“Alguém que está ganhando R$ 2 milhões por ano encontra formas legais de não pagar nada [de imposto de renda]. Você acha justo alguém que ganha R$ 4.000 pagar imposto de renda e quem tá ganhando R$ 2 milhões [por ano] não pagar nada? Isso não é justo e não acontece em país civilizado nenhum. A contribuição para imposto de renda — que existe em todos os países do mundo — deve ser proporcional à renda da pessoa”, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta quarta.

No entanto, a oposição quer que o governo apresente uma solução que priorize o corte de despesas públicas, e não uma cobrança maior dos mais ricos. Alguns parlamentares ameaçam derrubar a contrapartida do Executivo.

O governo tem como meta aprovar a proposta na Câmara dos Deputados e no Senado antes de setembro para garantir que as novas regras estejam válidas a partir de janeiro de 2026.

Perguntas e Respostas

 

Qual é a proposta de isenção do Imposto de Renda discutida pelo governo?

 

A proposta prevê a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000, além de uma isenção parcial para rendimentos de R$ 5.001 a R$ 7.350. Atualmente, estão isentos aqueles que recebem até R$ 3.036.

 

Quem participou da reunião sobre a proposta?

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), para discutir a votação da ampliação da isenção do Imposto de Renda.

 

Qual é o impacto esperado da proposta?

 

Segundo o relator da proposta na Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), a ampliação da faixa de isenção pode beneficiar até 14 milhões de brasileiros.

 

Como funcionará a isenção parcial para rendimentos acima de R$ 5.000?

 

A isenção parcial será gradativa, com descontos específicos para cada faixa de renda. Por exemplo, quem ganha até R$ 5.500 terá 75% de desconto, enquanto aqueles com salário de R$ 6.000 terão 50% de desconto.

 

Qual é a alíquota atual do Imposto de Renda para rendimentos acima de R$ 4.664,68?

 

Atualmente, quem ganha acima de R$ 4.664,68 paga uma alíquota de 27,5% sobre a renda mensal.

 

Como o governo pretende compensar os custos da isenção?

 

A proposta inclui uma taxação adicional para os mais ricos. Aqueles que ganham em torno de R$ 50 mil mensais pagariam uma alíquota próxima de zero, que aumentaria gradativamente até 10% para rendimentos superiores a R$ 100 mil mensais.

 

Quantos contribuintes serão afetados pela taxação dos super-ricos?

 

A taxação dos super-ricos afetaria cerca de 140 mil contribuintes brasileiros.

 

Qual é a posição do ministro da Casa Civil sobre a proposta?

 

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que é injusto que alguém ganhando R$ 4.000 pague Imposto de Renda enquanto quem ganha R$ 2 milhões por ano não paga nada, defendendo que a contribuição deve ser proporcional à renda.

 

Qual é a posição da oposição em relação à proposta?

 

A oposição pede que o governo priorize o corte de despesas públicas em vez de aumentar a cobrança sobre os mais ricos, e alguns parlamentares ameaçam derrubar a contrapartida do Executivo.

 

Qual é a meta do governo em relação à aprovação da proposta?

 

O governo pretende aprovar a proposta na Câmara dos Deputados e no Senado antes de setembro para que as novas regras entrem em vigor em janeiro de 2026.

 

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.