Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Setor de serviços recua em janeiro e engata terceiro mês sem crescimento, diz IBGE

Segmento se encontra 15,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,1% abaixo de outubro de 2024

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

Setor recuou 0,2% em janeiro Elza Fiuza / Agência Brasil

O setor de serviços, responsável por cerca de 70% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, recuou 0,2% em janeiro, indica a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta quinta-feira (13). Dessa forma, o setor se encontra 15,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,1% abaixo de outubro de 2024 (pico da série histórica).

Em janeiro, o recuo foi acompanhado por três das cinco atividades investigadas, com destaque para a retração vinda de transportes (-1,8%), depois de ter mostrado acréscimo de 0,2% em dezembro do ano passado.

Leia também

Os demais recuos ficaram com:

  • serviços prestados às famílias (-2,4%)
  • profissionais, administrativos e complementares (-0,5%)

Em sentido oposto, informação e comunicação (2,3%) e outros serviços (2,3%) apontaram os únicos avanços de janeiro de 2025, com a primeira atividade acumulando um ganho de 2,8% nos últimos três meses, enquanto a última recupera parte da perda verificada em dezembro de 2024 (-4,1%).


Por região

Regionalmente, 17 das 27 unidades da Federação assinalaram retração no volume de serviços em janeiro de 2025, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o decréscimo observado no resultado do Brasil (-0,2%).

Os maiores impactos negativos vieram do Distrito Federal (-8,7%), Minas Gerais (-1,7%), Pernambuco (-4,5%), Amazonas (-7%) e Espírito Santo (-5,2%).


Já as principais influências positivas vieram de São Paulo (0,9%), Rio de Janeiro (1%) e Santa Catarina (3,4%).

Queda no turismo

Em janeiro, o índice de atividades turísticas caiu 6,4% em comparação com o mês imediatamente anterior, após ter avançado 3,1% em dezembro. Com isso, o segmento de turismo se encontra 7,2% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 6,4% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado, justamente, em dezembro de 2024.


Regionalmente, 12 dos 17 locais pesquisados acompanharam esse movimento de retração verificado na atividade turística nacional. A influência negativa mais relevante ficou com São Paulo (-8,3%), seguido por Rio de Janeiro (-5,4%), Minas Gerais (-4,2%) e Paraná (-5,5%).

Em sentido oposto, Bahia (1,5%), Santa Catarina (1,7%) e Ceará (1,4%) lideraram os ganhos do turismo.

Janeiro de 2025 x janeiro de 2024

Em relação a janeiro de 2024, o volume de serviços apontou expansão de 1,6%, décimo resultado positivo seguido. O avanço deste mês foi acompanhado por três das cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 47% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, o de informação e comunicação (7,5%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, principalmente, pelo aumento da receita em portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet; telecomunicações; desenvolvimento e licenciamento de softwares; desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; e consultoria em tecnologia da informação.

Os demais avanços vieram dos serviços prestados às famílias (1,0%) e dos profissionais, administrativos e complementares (0,4%).

Em contrapartida, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,6%) e os outros serviços (-1,5%) exerceram as influências negativas do mês.

Transportes de passageiros e de cargas caem

Em janeiro de 2025, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou retração de 7,6% frente ao mês imediatamente anterior, após ter avançado 0,8% em dezembro. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 3,4% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 25,1% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

Por sua vez, o volume de transporte de cargas recuou 0,7% em janeiro de 2025, terceiro revés consecutivo, com perda acumulada de 3,3%. Dessa forma, o segmento se situa 8,9% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 30,9% acima de fevereiro 2020.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.