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Três em cada quatro dizem estar bem no trabalho, mas salário e saúde mental preocupam

Pesquisa da FGV mostra que gastos com alimentação, aluguel e contas de serviços públicos são os que mais pesam no orçamento

Economia|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília

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50,5% dos trabalhadores entrevistados reclamam da baixa remuneração Fernando Frazão/Agência Brasil - Arquivo

A maioria dos trabalhadores brasileiros — 75,2% — está “satisfeita” ou “muito satisfeita” com o emprego atual. É o que mostra a nova Sondagem do Mercado de Trabalho, divulgada nessa segunda-feira (21) pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas), com dados coletados no trimestre encerrado em junho.

Segundo o levantamento, apenas 7,5% dos entrevistados se declararam insatisfeitos ou muito insatisfeitos com sua ocupação.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • 75,2% dos trabalhadores brasileiros estão satisfeitos com seu emprego atual.
  • A remuneração baixa é o principal motivo de descontentamento para 50,5% dos entrevistados.
  • 33,4% afirmam que a renda atual não cobre despesas essenciais, como alimentação e moradia.
  • Quase 60% consideram difícil conseguir emprego no país, e 37,2% acreditam que o mercado de trabalho vai piorar nos próximos meses.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A pesquisa mostra que, apesar do índice satisfatório, a remuneração baixa foi apontada como o principal motivo de descontentamento por 50,5% dos entrevistados.

Também se destacam queixas sobre carga horária elevada (21,9%) e problemas relacionados à saúde mental (18,7%).


Principais motivos para insatisfação do trabalhador brasileiro Luce Costa/Arte R7

Para o economista Rodolpho Tobler, responsável pela pesquisa, os resultados refletem um mercado ainda aquecido, com taxas de desocupação próximas dos mínimos históricos, mas que ainda apresenta desafios.

“A grande maioria se mostra satisfeita com seu trabalho no momento, o que indica que, além das vagas geradas, os trabalhadores têm conseguido buscar vagas de maior qualidade e que trazem mais satisfação. A remuneração baixa, carga horária elevada e saúde mental ainda são pontos de alerta para aumentar essa percepção favorável”, explica.


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O estudo também revelou que, para 33,4% dos trabalhadores, a renda atual não cobre despesas essenciais, como alimentação, moradia, saúde e educação.

Os gastos com alimentação (74,2%), aluguel (42,2%) e contas de serviços públicos (36,8%) são os que mais pesam no orçamento familiar.


A percepção de insegurança também chama atenção. Ao todo, 43% dos entrevistados se sentem pouco ou nada protegidos por programas sociais em caso de perda do emprego, e 56,6% afirmam que não teriam acesso a benefícios públicos se perdessem a principal fonte de renda.

O levantamento também mostra que quase 60% consideram que está difícil ou muito difícil conseguir emprego no país atualmente, e 37,2% acreditam que o mercado de trabalho deve piorar nos próximos seis meses.

A nova sondagem da FGV será divulgada mensalmente e trará, a cada edição, um recorte temático aprofundado. A próxima publicação está prevista para 15 de agosto.

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