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Voos brasileiros têm mais de um barraco entre passageiros por dia

Após recorde anual em 2022, foram registrados 114 novos casos de indisciplina no primeiro trimestre, afirma Abear; um quarto dos episódios envolve agressão física e/ou ameaças

Economia|Do R7

Brasil tem média de 386 casos de indisciplina em voos por ano
Brasil tem média de 386 casos de indisciplina em voos por ano

O número de casos de indisciplina com passageiros em voos no Brasil segue em alta. Somente no primeiro trimestre de 2023, foram registrados 114 episódios, o equivalente a mais de um caso por dia. Os números foram apresentados pela Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).

Segundo classificação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), um de cada quatro registros de comportamento agressivo dos passageiros envolve agressão física e/ou ameaças. Em 2022, foram 585 ocorrências, número recorde em quatro anos.

De 2019 a 2022, a média anual dos casos de indisciplina contabiliza de 386,2 registros, com os números em alta desde 2019. Em 2021, foram 434 eventos, 222 em 2020, ano que marca o auge da pandemia, e 304 em 2019.

A presidente da Abear, Jurema Monteiro, classifica o dado como "alarmante". Ela afirma que cada caso isolado afeta todos os passageiros dos voos. "Determinados casos podem atrasar a decolagem e, em ocorrência com o avião já em rota, pode ocorrer de a aeronave pousar em um aeroporto próximo", lamenta.


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"Isso interfere em toda a malha aérea, com atraso dos voos seguintes, impacto no tráfego aéreo e no gerenciamento de tripulação”, completa Jurema. Na avaliação da Abear, procedimentos aplicados em outros países para punir os passageiros brigões com multas, indenização dos prejuízos e até a proibição de voar pode ser uma solução a ser adotada pela Anac.

"A Abear acredita que procedimentos aplicados em outros países, como a fly list usada por companhias aéreas nos Estados Unidos, que impede o passageiro de usar o transporte aéreo por determinado período, pode ser um caminho a ser seguido no Brasil, ajudando a coibir essa indisciplina dos viajantes”, analisa Jurema.

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