Enem 2024: MEC estuda voltar a usar exame para dar certificado de ensino médio
Desde 2017, o Enem não é usado dessa forma; ideia é que mudança seja implementada no ano que vem
Educação|Thays Martins, do R7, em Brasília
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou neste domingo (10), em coletiva de imprensa, que o Ministério da Educação e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) estudam voltar a usar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para certificar a conclusão do ensino médio para quem tem mais de 18 anos. Desde 2017, o exame não é usado dessa forma.
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Atualmente, estudantes com 18 anos ou mais conseguem o certificado de conclusão do ensino médio a partir do Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos). Segundo Santana, o Ministério da Educação não deve dar fim ao Encceja, mas quer que o Enem também sirva para essa finalidade.
“Nesse primeiro momento que o Inep vai fazer toda a avaliação, [a ideia] é garantir que o atual Encceja continue dando oportunidade para os jovens fazerem a certificação, mas também o Enem passar a fazer a certificação", explicou.
Santana disse que essa discussão foi iniciada e que será levada às secretarias de educação dos estados. Além dessa mudança, o ministro também anunciou que MEC estuda usar o Enem no lugar do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) para os estudantes do terceiro ano. A avaliação serve para diagnosticar o nível da educação básica brasileira.
“Nós temos o desejo de implementar as duas mudanças em 2025. O Inep vai se debruçar sobre as duas propostas”, disse o ministro. A discussão, segundo ele, deve ser finalizada até maio.
A mudança em relação ao Saeb é importante, segundo o ministro, já que muitos estudantes “priorizam o Enem em relação ao Saeb".
Balanço do Enem
O balanço do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2024 mostrou que 1.925 estudantes foram eliminados no segundo dia de prova, neste domingo (10). O número é menor do que o do primeiro dia, quando 4.999 candidatos foram eliminados.
Os principais motivos para a eliminação foram uso de dispositivos elétricos e deixar os locais de prova antes do horário permitido. Além disso, foram registradas 1.037 ocorrências, tais como falta de água e energia.
Segundo Camilo Santana, nenhum local de prova precisou ter o exame cancelado. O ministro disse que a avaliação ocorreu sem “ocorrências graves".