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Menos de 15% acham que jovem sai da escola preparado para faculdade ou trabalho

Pesquisa sobre ensino médio mostra que possibilidade de o estudante fazer curso técnico é aprovada por 9 em cada 10 pessoas

Educação|Do R7

Estudantes iniciam o ano letivo em um colégio no bairro Jardim Novos Campos Elíseos, Campinas (SP)
Estudantes iniciam o ano letivo em um colégio no bairro Jardim Novos Campos Elíseos, Campinas (SP) Estudantes iniciam o ano letivo em um colégio no bairro Jardim Novos Campos Elíseos, Campinas (SP)

Menos de 15% dos brasileiros acham que o jovem sai do ensimo médio preparado para faculdade ou mercado de trabalho. A informação é de pesquisa realizada pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e Sesi (Serviço Social da Indústria), sobre a percepção da população em relação às mudanças do ensino médio, divulgada nesta terça-feira (14).

A implementação do novo ensino médio, que começou nas escolas públicas e privadas do país no ano passado, vai até 2024 de forma escalonada. O ensino médio abrange os três últimos anos da escola. 

Segundo a pesquisa, apesar de a população estar pouco informada sobre o modelo, mais de 70% dos brasileiros aprovam as principais diretrizes. O levantamento mostra ainda que 55% estão pouco ou nada informados sobre o modelo e apenas 15% estão informados ou muito informados.

No entanto, quando são listadas as principais mudanças, as respostas são as seguintes:

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• 93% aprovam o curso profissionalizante/técnico durante o ensino médio;

• 87% aprovam o aluno fazer escolhas dentro do currículo que estejam relacionadas à carreira que pretende seguir;

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• 75% aprovam a possibilidade de o aluno escolher parte das disciplinas que pretende cursar;

• 72% aprovam novo modelo de currículo;

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• 69% aprovam aumento da carga horária.

O ensino médio é a segunda etapa escolar com pior avaliação no que diz respeito à qualidade. A alfabetização aparece em primeiro, com 20% dos entrevistados a avaliando como ruim ou péssima, seguida pelo ensino médio, com 14%. O ensino fundamental tem 13%; creches, 11%; ensino técnico e ensino superior, 8%; especialização/pós-graduação, 7%.

A percepção da maior parte dos brasileiros converge com todas as avaliações do ensino médio. Temos um ensino de baixa qualidade%2C com altos índices de evasão e distorção idade%2Fsérie%2C que não engaja nem dialoga com os anseios da juventude e os desafios do século 21. Mesmo pouco informada sobre a reforma do ensino médio%2C a sociedade concorda que as mudanças são necessárias.

(Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi)

A última etapa da formação básica deve preparar os jovens para o início da trajetória profissional. Mas, para a maioria dos brasileiros, isso não tem acontecido: 57% acreditam que os estudantes concluem a educação básica pouco ou nada preparados para o ensino superior. Só 1 em cada 10 (13%) acha que o aluno sai bem preparado.

Avaliação da qualidade da educação

Quando a pergunta é se o ensino médio prepara para o mercado de trabalho, o índice se repete: 57% acham que prepara pouco ou nada, sendo que, entre os entrevistados com ensino superior, o percentual aumenta para 71%.

Só 14% dos brasileiros, 4% de quem tem nível superior, avaliam que o estudante termina o 3º

ano preparado para ingressar no mundo do trabalho.

A percepção é de que o ensino médio não tem cumprido seu propósito e a avaliação positiva das principais mudanças previstas no novo modelo se desdobram em expectativas. Entre quem está muito informado ou informado sobre o novo ensino médio, 55% acreditam que o potencial para melhorar a formação do aluno é grande ou muito grande. Na população geral, esse índice é de 40%.

• 83% acreditam que o novo ensino médio vai desenvolver os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias aos jovens;

• 83% acham que as escolas brasileiras vão formar jovens mais preparados para os desafios e demandas do atual mercado de trabalho;

• 80% consideram que vai promover a elevação da qualidade do ensino no país.

A pesquisa ouviu 2.007 brasileiros em abordagem domiciliar em dezembro de 2022. Os resultados são representativos da população com mais de 16 anos e a margem de erro é de 2 pontos percentuais.

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