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Movimento pede a renovação da lei de cotas nas universidades federais

Foi lançado o abaixo-assinado Cotas Sim nesta quinta (13) para colher 20 mil assinaturas e dar apoio a PL que tramita no Senado   

Educação|Karla Dunder, do R7

José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, defende lei de cotas nas universidades
José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, defende lei de cotas nas universidades José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, defende lei de cotas nas universidades

A imagem de médicos negros formados pelas universidades federais da Bahia na linha de frente no atendimento a pacientes com covid-19 impressionou o reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, José Vicente e líder do líder do Movimento AR que lança nesta quinta-feira (13) o abaixo assinado Cotas Sim pela renovação por mais dez anos da Lei 12.711/2012 que garante vagas para estudantes negros nas universidades federais do país.

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A lei promulgada em 2012 exige que após dez anos o processo de cotas passe por uma revisão e a renovação deve ser feita até agosto de 2022. "Além das cotas em universidades, estamos lutando pela renovação da lei que destina 20% de vagas para negros em concursos públicos em cargos administrativos", explica o professor José Vicente.

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Movimento AR, que encabeça a ação, é uma mobilização voluntária, com propósito de realizar mudanças e transformações sociais através de ações efetivas de combate ao racismo, ao preconceito e à discriminação racial contra negros. O movimento é liderado pela Universidade Zumbi dos Palmares e pela ONG Afrobras e sugere "manter, intensificar, impulsionar e fortalecer as políticas afirmativas de inclusão de negros no ambiente universitário e nos concursos públicos, como forma de combater o racismo estrutural no ambiente público."

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"O primeiro passo é mostrar os resultados da lei de cotas para a sociedade", avalia o reitor da Zumbi dos Palmares. Um exemplo prático está no número de matrículas de estudantes negros nas universidades brasileiras. De acordo com os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2018, os estudantes negros representavam 50,3% das matrículas. De acordo com o censo escolar de 2011, um ano antes da aprovação da lei, apenas 8,8% das vagas eram ocupadas por negros.

Para José Vicente, "sem a renovação das cotas, todas as conquistas construídas nesses primeiros dez anos de vigência da lei, o país pode voltar à estaca zero e todos sairão perdendo."

O abaixo assinado Cotas Sim, para ter representatividade e apoio ao Projeto de Lei nº 4656, de 2020, do senador Paulo Paim (PT-RS) precisa ter 20 mil assinaturas. "Desta forma, conseguimos um encaminhamento melhor e uma velocidade maior no Senado."

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