Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Educação

Fim da greve na USP: estudantes da EACH, última unidade parada, anunciam término da paralisação

Essa foi a maior mobilização dos alunos desde 2014, com a adesão de todas as unidades da universidade, e durou seis semanas

Educação|Do R7

Estudantes da EACH, última unidade da USP em greve, anunciam fim da paralisação
Estudantes da EACH, última unidade da USP em greve, anunciam fim da paralisação

Iniciada pelos universitários há seis semanas, a greve da USP (Universidade de São Paulo) chegou ao fim na última quarta-feira (1º).

Os estudantes dos cursos da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), a última unidade estudantil ainda paralisada, decidiram, em assembleia, encerrar o movimento. 

Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp

Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp


Compartilhe esta notícia pelo Telegram

Uma nova assembleia está marcada para a próxima terça-feira (7), véspera do dia previsto para o retorno das aulas.


"A paralisação está encerrada, mas a ocupação continua até a próxima assembleia, marcada para terça-feira. Em caso de votação confirmando o retorno na quarta, haverá a limpeza da EACH na terça e a retirada dos piquetes", informou o diretório acadêmico.

A forma de reposição de aulas será acertada por cada docente.


"As turmas devem primeiramente falar com os professores e, caso tenham problemas, comunicar os representantes discentes", afirmou o diretório em um comunicado nas redes sociais.

"Lembrando que a nossa luta com a reitoria não acabou. Ainda precisamos ser resistentes e lutar pela permanência estudantil", acrescentou.

Os cursos da EACH não ficam na Cidade Universitária, e sim em Ermelino Matarazzo, na zona leste.

Segundo o diretor do EACH, Ricardo Uvinha, nenhum estudante será prejudicado por ter participado da paralisação ou a incentivado. 

"Poderão ser oferecidos calendários de reposição para garantir a finalização de todas as disciplinas de graduação da EACH, com o melhor aproveitamento possível. O professor vai poder utilizar todo o nosso horário de calendário durante a semana, de segunda a sexta-feira, das 8h às 23h. E também, possivelmente, aos sábados na parte da manhã", afirmou Uvinha.

Poderá ainda ser feita a oferta de atividades compensatórias relativas às faltas em decorrência da paralisação. 

Ainda na quarta-feira, alunos de ciências sociais, filosofia e geografia da USP decidiram sair da greve estudantil, iniciada pelos universitários em 20 de setembro. Com a retomada das atividades dos graduandos dos três cursos, todas as unidades da Cidade Universitária, no Butantã, voltaram às aulas.

Mobilização

A greve, iniciada em 20 de setembro, chegou a ter a adesão de todas as unidades da USP, incluindo os cursos de engenharia da Escola Politécnica e de medicina, que não têm tradição de cruzar os braços nas paralisações.

A greve foi aprovada para pressionar a reitoria por contratações de professores e melhorias na política de permanência estudantil.

Os grevistas negociaram as exigências com a direção da universidade, que apresentou uma série de compromissos, incluindo a contratação de mais de mil professores.

Na semana passada, os estudantes e a reitoria tiveram um novo embate. Uma circular emitida pela universidade informava sobre a possibilidade de os graduandos serem reprovados por falta, pois, se continuassem em greve até esta semana, não conseguiriam atingir o mínimo de frequência obrigatória, de 70%, determinada pela USP.

A reitoria, em uma nova manifestação, afirmou que cada unidade vai ter autonomia para readequar o seu calendário, desde que respeite a condição de encerrar o ano letivo em 22 de dezembro de 2023.

Confira: Cursos de exatas da USP lideram lista dos 7 com maior índice de desistência da instituição

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.