Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Eleições 2014

Marina é capaz de representar desejo de mudança de Campos, diz líder do PSB

Presidente do PSB em Minas diz que partido falará por Campos “na hora devida” sobre sucessão

Eleições 2014|Rodolfo Borges, do R7

Delgado (D) era muito próximo do ex-governador de Pernambuco
Delgado (D) era muito próximo do ex-governador de Pernambuco

O PSB ainda não começou a discutir oficialmente que solução dará para a ausência de Eduardo Campos na chapa presidencial deste ano. Segundo o deputado federal Júlio Delgado, presidente do PSB em Minas Gerais, o momento é de “homenagear” o ex-governador de Pernambuco, e as questões políticas só serão tratadas depois das cerimônias fúnebres. Mas já começaram as especulações sobre os rumos da campanha.

Nesta quinta-feira (14), Delgado encabeça a comitiva de políticos do PSB responsável por tratar da logística do velório do ex-governador. Acompanham o deputado o ex-ministro Fernando Bezerra, o candidato ao governo de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) e o irmão de Campos, Antônio Campos. O governador de Pernambuco, João Lyra Neto, também se deslocou para São Paulo para tratar do traslado do corpo de Campos para seu Estado natal.

Tragédia de Campos não deve mudar voto de eleitor à Presidência, dizem especialistas

Com agenda apertada, Campos enfrentava maratona de viagens


Delgado diz que a vontade de Campos seria ver Marina ocupando seu lugar na chapa presidencial, mas destaca que o assunto só será discutido depois que todas as devidas homenagens sejam prestadas ao ex-governador. Em entrevista ao R7 por telefone, Delgado disse que nem a própria Marina admitiria conversar sobre a questão neste momento, pois “está tão consternada quanto nós”.

— Acho que, da forma com eles estavam convivendo, Marina é capaz de representar o desejo de mudança de Eduardo. Mas o partido vai falar por ele [Eduardo Campos, sobre os rumos da campanha] na hora devida. Não tem decisão ainda, nem vai haver tão cedo.


Segundo Delgado, "tem gente [no partido] que defende isso [a candidatura de Marina] de forma mais clara", mas o PSB ainda não começou a tratar da questão oficalmente.

Leia mais sobre Eleições 2014


Futuro

A ascensão de Marina à cabeça da chapa da coligação Unidos pelo Brasil, que reúne PHS, PRP, PPS, PPL, PSB e PSL, está longe de ser consenso no PSB. No momento e que o partido perde seu principal expoente político, ressurgem as divergências recentes entre Marina e o vice-presidente socialista, Roberto Amaral, que assume o comando do partido com a morte de Campos.

Em fevereiro do ano passado, Amaral fez duras críticas ao projeto da Rede, idealizado por Marina Silva, dizendo que não via “política” nele. À época, o vice-presidente do PSB classificou a Rede como “um negócio fundamentalista, religioso e preconceituoso”. Meses depois, os projetos de Marina e Campos se fundiram na chapa presidencial.

Considerando o histórico, agora o PSB poderia tanto sair com uma candidatura de algum quadro do partido, como até desistir de uma candidatura própria para apoiar a candidatura à reeleição de Dilma Rousseff, já que o projeto eleitoral dos socialistas era encampado principalmente por uma pretensão pessoal de Eduardo Campos — o recente rompimento do PSB com o PT na Câmara teve dissidentes socialistas, inclusive.

O cenário mais provável, contudo, é que o partido se renda à popularidade incontestável de Marina, que recebeu 20 milhões de votos na corrida presidencial de 2010. Resta saber como o partido pretende equacionar a própria presença numa chapa liderada por uma ex-senadora que mantém a pretensão de fundar o próprio partido.

Veja as notícias do R7 na palma da mão. Assine o R7 Torpedo

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.