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Aras teria trocado mensagens com empresários que falaram em golpe

Empresários foram alvo de operação da Polícia Federal e são investigados pelo Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (23)

Eleições 2022|Renato Souza, do R7, em Brasília, e Clébio Cavagnolle, da Record TV

Procurador-geral da República, Augusto Aras, em Brasília
Procurador-geral da República, Augusto Aras, em Brasília Procurador-geral da República, Augusto Aras, em Brasília

Investigadores da Polícia Federal teriam encontrado mensagens trocadas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, com empresários investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por defenderem um golpe de Estado. As conversas estavam nos aparelhos apreendidos nesta terça-feira (23) por determinação do ministro Alexandre de Moraes. 

Entre os alvos estariam contatos próximos de Aras. Em um grupo, os empresários falaram sobre a instalação de um golpe contra as instituições democráticas caso o presidente Jair Bolsonaro perca a eleição. Eles foram incluídos em um inquérito que corre no Supremo e investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos. 

Leia mais: Augusto Aras diz que não foi avisado de operação contra empresários

As conversas envolvendo Aras e os empresários investigados foram reveladas por um portal especializado em cobertura jurídica e confirmadas pelo R7. De acordo com fontes da Polícia Federal e do Poder Judiciário, ouvidas sob a condição de anonimato pela reportagem, os diálogos ocorreram diversas vezes por meio do WhatsApp. 

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As fontes consultadas não revelaram o teor dos diálogos, mas informaram que os trechos envolvendo o procurador-geral foram enviados ao Supremo, para avaliação do relator do caso. Procurado, Aras informou que não se manifestaria sobre o caso. 

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Em relação à operação contra os empresários, Aras informou que não foi notificado com antecedência e soube do caso apenas nesta terça-feira, dia da operação. No entanto, Moraes publicou um documento assinado por um servidor do DF alegando que a Procuradoria-Geral da República (PGR) foi informada das diligências nesta segunda-feira (22). 

Operação

Policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira, em endereços ligados a empresários suspeitos de defender um golpe de Estado no Brasil. As ameaças teriam ocorrido em aplicativos de conversas.

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As buscas foram autorizadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. O inquérito está em sigilo, mas o R7 apurou que são cumpridos mandados em Fortaleza, no Rio de Janeiro, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e em São Paulo.

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Aras não foi notificado

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que não foi notificado da decisão do ministro Alexandre de Moraes que autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra empresários investigados por supostamente defenderem um golpe de Estado. De acordo com comunicado da PGR, Aras tomou conhecimento do caso apenas nesta terça-feira.

Leia mais: Augusto Aras diz que não foi avisado de operação contra empresários

Bolsonaro também lamentou operação

Em almoço em São Paulo com representantes do setor produtivo, o presidente Jair Bolsonaro, candidato do PL à reeleição, lamentou nesta terça-feira a operação da Polícia Federal contra empresários suspeitos de defender um golpe de Estado em mensagens trocadas no WhatsApp. No evento privado, Bolsonaro disse que não havia necessidade de quebra de sigilo.

Bolsonaro ainda afirmou que não haverá golpe após as eleições deste ano. As declarações foram confirmadas à reportagem por pessoas presentes no encontro, que ocorreu na residência de João Camargo, presidente do grupo Esfera Brasil, no Morumbi, bairro nobre de São Paulo.

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