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Câmara diz ao STF que criar benefício em ano eleitoral não viola a liberdade de voto

PEC dos Benefícios foi aprovada no Congresso em julho; governo passou a pagar novos auxílios meses antes da eleição deste ano 

Eleições 2022|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Plenário da Câmara dos Deputados vota PEC dos Benefícios em segundo turno
Plenário da Câmara dos Deputados vota PEC dos Benefícios em segundo turno Plenário da Câmara dos Deputados vota PEC dos Benefícios em segundo turno

Em dois ofícios enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), a advocacia da Câmara dos Deputados afirmou que uma eventual suspensão da PEC dos Benefícios traria "graves consequências econômicas" para o país. A área técnica também disse que a criação de benefícios sociais em ano eleitoral não viola a liberdade de voto.

Ações do partido Novo e da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) questionaram a concessão dos benefícios a alguns meses da eleição. No ofício anexado à ação do Novo, a Câmara afirmou que "não se pode aferir concretamente qualquer vantagem política na concessão de tais benefícios, senão o mero exercício da atividade parlamentar". 

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"Eventual cassação de todos os benefícios até o segundo turno das eleições traria graves consequências econômicas, agravando o quadro de carências e gerando instabilidade social, risco reverso este a ser evitado", disse. A PEC dos Benefícios, aprovada no Congresso, autorizou o governo a gastar R$ 41,2 bilhões para conceder benefícios sociais até o fim do ano.

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Entre outros pontos, a PEC concede um auxílio financeiro a caminhoneiros e taxistas e amplia os valores do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás. A proposta estabeleceu um estado de emergência para possibilitar a ampliação do pagamento dos benefícios em ano eleitoral, o que é vedado pela legislação.

Em um dos ofícios, a Câmara afirmou que "não há qualquer violação à liberdade de voto, pois as proposições, em nenhum momento, ameaçaram o exercício do direito de sufrágio".

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"Não se pode pretender que ações legislativas benéficas possam traduzir desequilíbrio eleitoral, pois é da essência do próprio sistema representativo atuar em sintonia com as necessidades sociais", declarou.

A Câmara disse, ainda, que não há comprovação de "benefícios ou ruptura da isonomia no processo eleitoral, mas apenas ilações de que a proposição poderia traduzir vantagens políticas, quando a própria democracia representativa exige atuar em proveito dos representados". Nas ações, o Novo e a ABI afirmaram que a distribuição dos benefícios neste ano violaria a liberdade do voto e que a instituição do estado de emergência ocorreu como forma de burlar as normas eleitorais.

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