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'Condutas inadmissíveis', diz Rosa Weber sobre ataque sofrido por Cármen Lúcia

Ministra do STF e TSE foi alvo de agressão feita pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson, que cumpre prisão domiciliar

Eleições 2022|Do R7

A ministra Cármen Lúcia, do STF e do TSE
A ministra Cármen Lúcia, do STF e do TSE A ministra Cármen Lúcia, do STF e do TSE

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, repudiou neste sábado (22) os ataques recebidos pela ministra Cármen Lúcia feitos pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson. Em vídeo, o político comparou a magistrada a uma prostituta.

"O Supremo Tribunal Federal manifesta seu veemente repúdio à agressão sórdida e vil, expressão da mais repulsiva misoginia, de que foi vítima a ministra Cármen Lúcia em função de sua atuação jurisdicional, no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral", disse Weber.

"Condutas covardes dessa natureza são inadmissíveis em uma democracia, que tem como um de seus pilares a independência da magistratura. Não há como compactuar com discurso de ódio, abjeto e impregnado de discriminação, a atingir todas as mulheres e ultrapassar os limites civilizatórios", acrescentou.

Para Weber, Cármen tem notável saber jurídico e reputação ilibada. "Ilumina o STF com sua inteligência, talento, isenção e competência. Sem dúvida, continuará, independente e serena, na defesa intransigente da Constituição, sempre com o respaldo e admiração de seus pares e da comunidade jurídica".

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Jefferson, que está em prisão domiciliar, gravou um vídeo e afirmou que a ministra é uma bruxa e a comparou com prostituta. "Fui rever o voto da bruxa de Blair, a Cármen Lúcifer, na censura prévia à Jovem Pan. Olhei de novo, não dá pra acreditar. Lembra mesmo aquelas prostitutas, aquelas vagabundas arrombadas", disse Jefferson.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, também repudiou o ataque. "As agressões machistas e misóginas contra a ministra Carmen Lúcia, exemplo de magistrada, demonstram a insignificante e covarde estatura moral daqueles que pretendem se esconder em uma criminosa "liberdade de agressão", que não se confunde com a liberdade de expressão", escreveu nas redes sociais.

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Para a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura classificou o ataque como "infundado, vulgar e misógino" e destacou que Carmen Lúcia é uma das mais brilhantes juristas brasileiras. "(A ofensa) longe de ser protegida pelo manto da liberdade de expressão – atinge não somente a magistratura, assim como todas as mulheres brasileiras. Fatos como o ocorrido são inconcebíveis numa sociedade democrática de direito".

Já a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), maior entidade representativa da magistratura no Brasil, repudiou os insultos e ofensas. "O Estado Democrático de Direito não admite que magistrados e magistradas sofram ameaças em decorrência do exercício da atividade jurisdicional, sobretudo se proferidas em meio a discursos de ódio eivados de preconceito e discriminação. Machista e misógino, o ataque agride a honra de todas as mulheres, sendo representativo da situação de abusos e coações a que muitas estão submetidas diariamente", diz a entidade.

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