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Eleições 2022

Em primeiro evento de campanha, Simone Tebet promete valorizar setor cultural

Candidata do MDB fala em recriar Ministério da Cultura e fortalecer leis de incentivo à cultura, como a Lei Rouanet e a Lei Aldir Blanc

Eleições 2022|Augusto Fernandes, do R7, em Brasília

Simone Tebet, candidata do MDB à Presidência da República
Simone Tebet, candidata do MDB à Presidência da República

A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, iniciou a campanha para o Palácio do Planalto nesta terça-feira (16) com uma reunião com representantes do setor cultural em São Paulo. No encontro, Tebet prometeu que a cultura será mais valorizada em uma eventual gestão. De acordo com ela, o Ministério da Cultura será recriado e leis de incentivo à cultura, como a Lei Rouanet e a Lei Aldir Blanc, serão fortalecidas.

"No meu governo, a cultura não será mais um ‘puxadinho’ do Ministério do Turismo, como é hoje. Além de contar com um ministério próprio, entre outras ações, vamos implementar a Lei Aldir Blanc, que destina R$ 3 bilhões anuais ao setor até 2023 e não está funcionando", disse Tebet.

De acordo com a candidata do MDB, um dos focos do plano de governo é recuperar o status, a atenção e a importância que a área cultural merece. Tebet quer oferecer fontes estáveis de financiamento e fomento às leis de incentivo à cultura, além de usar critérios que contemplem artistas de todos os portes e de todas as regiões do país. Segundo ela, caso eleita, o Fundo Nacional de Cultura não sofrerá contingenciamento no seu governo.

A cultura gera emprego e pode ajudar a alavancar a economia do Brasil

(Simone Tebet)

"Como professora, só posso dizer que, no meu governo, a educação será prioridade absoluta pela primeira vez na história do país e a cultura é parte importante desse projeto", comentou a candidata.


A primeira agenda de campanha de Tebet foi organizada por Teresa Bracher, fundadora do Documenta Pantanal e do Instituto Taquari Vivo, e contou com a presença de gestores de instituições culturais paulistas. Participaram da reunião, entre outros, o diretor-executivo da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), Marcelo Lopes; o presidente da Fundação Bienal, José Olímpio da Veiga Pereira; o diretor de relações institucionais da Pinacoteca, Paulo Vicelli; o pianista e maestro Marcelo Bratke; além de representantes do Masp, SP Arte, músicos, artistas plásticos e galeristas.

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O encontro aconteceu a portas fechadas. Segundo a assessoria de imprensa de Tebet, alguns assuntos discutidos foram a desburocratização do setor, a necessidade de financiamento não só para atividades específicas mas também para museus e bienais, além da importância da sinergia entre as áreas governamentais de cultura e relações exteriores.

Em relação ao colapso da projeção cultural no exterior, Simone Tebet afirmou que "o Brasil precisa deixar de ser pária internacional”. Ela criticou ainda o que definiu como “sucateamento" da área promovido pelo governo atual, mas igualmente desaprovou a conotação ideológica com a qual ela foi gerida ao longo dos governos petistas. "A cultura precisa de imparcialidade", disse a senadora. Ela observou que fontes de fomento, como a Lei Rouanet, devem ser atualizadas e que o Fundo Nacional de Cultura não sofrerá contingenciamento no seu governo. "Também precisamos nos aproximar do nível de investimento que os países da OCDE dedicam ao setor", ressaltou.

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