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Moraes proíbe campanha publicitária da Independência em verde e amarelo

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral destacou que slogans que seriam usados fazem alusão a uma corrente ideológica

Eleições 2022|Renato Souza, do R7, em Brasília

Alexandre de Moraes discursa pela primeira vez como presidente do TSE
Alexandre de Moraes discursa pela primeira vez como presidente do TSE Alexandre de Moraes discursa pela primeira vez como presidente do TSE

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), proibiu a realização de uma campanha publicitária sobre os 200 anos da Independência do Brasil em verde e amarelo. De acordo com o magistrado, as peças produzidas para veiculação em diversos meios são propaganda eleitoral antecipada.

O slogan da campanha seria "O futuro escrito em verde e amarelo". O ministro negou um pedido feito por André de Sousa Costa, secretário Especial de Comunicação Social do Ministério das Comunicações, para que a campanha possa ser veiculada mesmo durante o período eleitoral.

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O governo alegou que "as celebrações dos 200 anos de Independência, além do tradicional desfile cívico-militar, têm como foco a participação da sociedade nesta importante data comemorativa, com valorização das principais figuras históricas do Brasil", e que os "heróis nacionais que construíram o Brasil no passado têm os mesmos valores dos heróis do presente, quais sejam os cidadãos de bem, que trabalham no dia a dia para o crescimento de toda a nação".

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O Ministério das Comunicações alega que "as escolhas das cores das mensagens publicitárias estão baseadas no art. 28 do decreto 5.700/1971, cujas cores nacionais são o verde e o amarelo". No entanto, Moraes destacou que para que seja autorizada campanha publicitária nos três meses antes da eleição é necessário que seja "imprescindível a demonstração da gravidade e urgência da necessidade pública".

"Inegável a importância histórica da data, em especial para comemorações, dada a dimensão do país e seus incontáveis feitos durante esse período de independência, entretanto, imprescindível que a campanha seja justificada pela gravidade e urgência, sob pena de violação ao princípio da impessoalidade, tendo em vista a indevida personificação, no período eleitoral, de ações relacionadas à administração pública", escreveu o magistrado.

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O ministro destacou que os slogans fazem alusão a corrente política e ideológica defendida pelo presidente Jair Bolsonaro. "Trata-se de slogans e dizeres com plena alusão a pretendentes de determinados cargos públicos, com especial ênfase às cores que reconhecidamente trazem consigo símbolo de uma ideologia política, o que é vedado pela lei eleitoral, em evidente prestígio à paridade de armas", completa o magistrado.

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