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Eleições 2022

Roberto Jefferson disse à PF que disparou 50 tiros e três granadas contra policiais

Ex-deputado e presidente de honra do PTB passou por audiência de custódia e foi levado ao presídio de Benfica, na zona norte do Rio

Eleições 2022|Renato Souza, do R7, em Brasília

Roberto Jefferson, ex-deputado que disparou contra agentes da PF que foram até a casa dele
Roberto Jefferson, ex-deputado que disparou contra agentes da PF que foram até a casa dele

O ex-deputado Roberto Jefferson prestou depoimento à Polícia Federal no último domingo (23), logo após ter sido preso por atirar contra uma equipe da corporação em frente à casa dele, no município de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro.

Na oitiva, Jefferson confessou ter lançado três granadas e disparado 50 tiros de fuzil contra a viatura. Ele está preso no presídio de Benfica, na zona norte da capital fluminense.

Aos investigadores, o ex-deputado afirmou que não tinha a intenção de atingir os policiais. Em imagens obtidas pelo pelo R7, é possível ver que foram efetuados disparos contra o para-brisa de um veículo. Os tiros perfuraram os bancos e a lataria da viatura. Um delegado e uma agente ficaram feridos sem gravidade e já receberam alta médica.

O ataque ocorreu quando a equipe foi até a casa dele, localizada no município de Comendador Levy Gasparian, a cerca de 140 km da capital fluminense. O ex-deputado reagiu a uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Jefferson já estava em prisão domiciliar por ameaças e ataques, pelas redes sociais, contra a Corte e seus ministros.


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No entanto, mesmo proibido de usar a internet, de manter contatos com outros investigados e de sair de casa, ele proferiu ataques contra a ministra Cármen Lúcia, em razão do voto dela em uma ação do STF que vedou, temporariamente, o lançamento de um documentário da produtora Brasil Paralelo sobre o ataque contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018.

Às 16 horas desta segunda-feira (24), Roberto Jefferson passou por audiência de custódia, conduzida pelo juiz Airton Vieira, auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. O juiz não avalia a soltura; apenas analisa se as condições da detenção ocorreram de acordo com o que prevê a legislação e, por conta disso, se a prisão deve ser mantida.

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