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Eleições 2022

TSE autoriza acesso da Defesa ao código que permite a coleta do voto da urna

Técnicos da pasta devem ser levados ao TSE nesta quarta-feira (3) para reunião fechada sobre o sistema de votação do equipamento

Eleições 2022|Clébio Cavagnolle, da Record TV, e Renato Souza, do R7

Tíquete emitido após um teste de impressão da urna eletrônica
Tíquete emitido após um teste de impressão da urna eletrônica

O Tribunal Superior Eleitoral autorizou o acesso de militares das Forças Armadas ao código-fonte das urnas eletrônicas, termo técnico para designar a base da programação que admite o funcionamento do programa que permite a coleta do voto dos eleitores. De acordo com informações obtidas pela Record TV e pelo R7, o acesso deve ocorrer durante uma reunião fechada na sede do Tribunal, em Brasília, às 10 horas desta quarta-feira (3).

A abertura será feita após a área técnica do TSE atender ao pedido do Ministério da Defesa, que solicitou a permissão de maneira "urgentíssima" por meio de um ofício enviado à Corte. A Defesa informou que precisava ter o pedido atendido, no máximo, até o dia 12 deste mês.

O acesso ao código-fonte da urna estava autorizado desde o ano passado aos integrantes da Comissão de Transparência das Eleições, que inclui os militares. No entanto, era necessária a solicitação, segundo informações repassadas pelo Ministério da Defesa.

Além da autorização para verificar o código que permite o funcionamento dos equipamentos de votação, os militares pediram acesso e dados do Sistema de Apuração (SA), do Sistema de Votação (Vota), do Sistema de Logs de aplicações SA e Vota e do Sistema de Totalização (SisTot), que serão utilizados no processo eleitoral deste ano.


Os pedidos fazem parte de uma série de questionamentos e recomendações à Justiça Eleitoral sobre o pleito de outubro. É a primeira vez, em 26 anos de adoção da votação eletrônica, que as Forças Armadas apresentam questionamentos sobre segurança, integridade e auditoria das urnas eletrônicas.

Programação das teclas

Por meio do código-fonte, programam-se as respostas do equipamento às teclas apertadas pelo eleitor, assim como se incluem nomes, fotos e números dos candidatos em níveis federais e estaduais. A urna não é conectada à internet, mas o código usado em todos os equipamentos é o mesmo, programado pelo TSE e inserido nos equipamentos.

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