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‘Prejuízos seríssimos’, diz psicóloga sobre casos de exposição de menores nas redes como os denunciados por Felca

Denúncia do influenciador reacendeu debate sobre a exploração da imagem de crianças e adolescentes com o objetivo de obter ganhos financeiros

Entrevista|Isadora Mangueira*, do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Influenciador Felca denuncia a hiperexposição de crianças e adolescentes nas redes sociais.
  • Práticas como 'sharenting' levantam questões sobre exploração e consentimento de imagens de menores.
  • Especialistas alertam sobre consequências negativas para o desenvolvimento infantil, como a erotização e a construção distorcida da identidade.
  • É necessária uma regulamentação e diálogo entre pais e filhos sobre os riscos da exposição digital.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Exposição e sexualização de crianças e adolescentes fazem parte do conteúdo de influenciadores Banco de imagem: Pexel

Na última quarta-feira (6), o influenciador digital Felca, nome artístico de Felipe Bressanim Pereira, divulgou em suas redes um vídeo intitulado “adultização”. Ao longo de quase 50 minutos, o youtuber denuncia uma realidade invisibilizada nas redes sociais: a hiperexposição e a exploração da imagem de crianças e adolescentes.

Em qualquer que seja a plataforma — Instagram, YouTube, TikTok —, não é preciso procurar muito para encontrar menores de idade como protagonistas dos mais diversos tipos de conteúdos, seja em suas próprias páginas ou na de pais e/ou mães que compartilham o dia a dia de seus filhos — prática conhecida como sharenting.


Mas se, à primeira vista, essas postagens possam parecer inofensivas — uma maneira de seus responsáveis trocarem experiências sobre paternidade e maternidade, ou uma boa opção de entretenimento para os menores do outro lado da tela — o vídeo de Felca trouxe à tona o lado obscuro da presença infantil nas redes sociais.

A exposição de meninos e meninas a situações vexatórias em troca de monetização, a exploração publicitária da imagem de menores de idade, que não têm capacidade de consentir a veiculação daquele material, e, por fim, a erotização em publicações com teor sexual, que os tornam alvo de pedófilos, fazem parte do conteúdo de diversos influenciadores do nicho.


Materiais como os produzidos por Hytalo Santos, um dos principais alvos da denúncia de Felca, não só têm crianças como protagonistas, como acabam também sendo consumidos e influenciando outros menores de idade. Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024, 93% das crianças e adolescentes brasileiros com idades entre 9 e 17 anos têm acesso à internet — 83% deles têm perfis em plataformas digitais.

Um levantamento da empresa Unico e do Instituto de Pesquisas Locomotiva revelou que ao menos uma a cada três contas atribuídas a crianças e adolescentes de 7 a 17 anos têm perfil “totalmente aberto” no Brasil. Em entrevista ao R7, Nara Helena Lopes, especialista em psicologia da experiência digital, explica as consequências da hiperexposição e da hiperconexão para o processo de desenvolvimento infantil.


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Confira, a seguir, a entrevista completa:

R7 - Como um processo de erotização, ou de exposição precoce à sexualidade, pode impactar o desenvolvimento e a construção da identidade de uma criança?


Nara Helena Lopes: A exploração em si é uma questão que prejudica o desenvolvimento infantil, primeiro por conta da erotização do corpo da criança, que não é algo que é próprio da infância. Muitas vezes essa criança vai ser vista e vai se perceber como um objeto do outro, sem entender de fato o que isso está repercutindo em termos de emoção para ela.

Essa objetivação do corpo vai prejudicar tanto o desenvolvimento anatomofisiológico do próprio corpo, o despertar da sexualidade que vai vir na adolescência, na vida adulta. Ela acaba de alguma maneira vivenciando conteúdos que não são próprios da idade dela, até o próprio risco de exposição no futuro, de continuar perpetuando na sua vida adulta esta imagem de um corpo objeto, em relações com desenvolvimentos de exploração.

Sem contar o apelo moral também que essas crianças acabam sendo sujeitadas. Elas acabam sendo expostas a formas de compreensão de vida que acabam agredindo a integridade moral, emocional e psicológica delas.

Um tema que a gente também precisa trazer à tona é a questão de quem consome. A gente tem que ter regulamentação, a gente tem que ter proteção. A gente tem que falar que são práticas criminosas, mas tem um ponto na internet que me preocupa muito, que é, se antes a exploração, a erotização do corpo infantil era um tema num território passível de ser controlado, quando a gente vai para o ambiente online, esse controle se perde.

Talvez a gente esteja esquecendo de dizer que muitas vezes aquele adulto que é socialmente funcional, que tem um relacionamento, tem uma vida adulta, tem uma família, muitas vezes pode também estar entre essas pessoas que estão promovendo essas redes. A gente está esquecendo de olhar como o adulto está profundamente adoecido.

Especialista em psicologia da experiência digital, Nara Helena Lopes alerta que exposição na web coloca menores na mira de pedófilos Arquivo pessoal

R7 - Você acha que a introdução a temas relacionados à sexualidade por meio das redes sociais pode atrapalhar também a percepção da criança que acaba consumido aquele material?

Nara: Com certeza. Saiu um estudo recente falando que meninas que têm hoje 11, 12 anos já entendem que o corpo delas não atende ao ideal de beleza. Elas precisam, por exemplo, consumir maquiagem. Isso intensifica questões de gênero, questões de respeito, de identidade.

A descoberta da percepção do corpo, de si mesmo, acaba sendo projetada numa tela, sem que de fato exista um amadurecimento, uma maturação desse corpo, da percepção sensorial, do toque, do afeto, e isso vai trazer grandes prejuízos em termos de sociedade, não só individual.

Em termos individuais, a gente tem o que algumas pessoas chamam de antecipação intelectual racional da adolescência. Os pré-adolescentes, por tanto incentivo a entrar nesse mercado de manipulação do corpo, são introduzidos na ideia de adolescente, então não brincam mais porque são “adolescentes”, quando, na verdade, o corpo ainda tem três, quatro anos para começar a apontar as questões de desenvolvimento físico de hormônio, de alterações que a própria natureza vai trazer. E isso é uma perda grande para a infância.

A gente tem uma curva de idade, mas é uma experiência singular de cada um, que vai acontecer num tempo singular de cada um. E essa massificação em rede acaba, de alguma maneira, tirando o senso de identidade. Antes de eu me perceber, eu já tenho um racional voltado para aquilo, me dizendo que eu sou aquilo, me gerando uma identidade sobre algo que fisicamente eu não estou sentindo.

Isso vai repercutir na vida adulta, na perda das sensibilidades físicas, nessa desconexão entre mente e corpo, entre emocional, essas sensações de mundos fragmentados, de não pertencer ou até de falta de sensação de corpo e da sexualidade propriamente dita.

R7 - E o que fazer para remediar essa situação?

Nara: Antes de tudo, com certeza, envolver as entidades dos setores governamentais, civis, da educação, de cultura, para que essas crianças possam ser mais amparadas pelos pais, pela comunidade, pelo entorno que está se perdendo.

Cada um está cada vez mais dentro da sua caixinha e menos vivendo os valores da região, do território, do bairro, da cidade onde mora. Eu sei que essa conversa é muito complicada, porque envolve empresas. E como regulamentar? Por mais que a gente tenha órgãos e entidades muito envolvidas nisso, também tem o ideal de empresa muito forte que vai contra, que não permite que as leis funcionem e acessem o que precisa.

Essa é uma discussão macro, mas também dentro do micro. Essa fala de criança ficar na internet. Celular não é babá, não é distração, não é um lugar seguro para adolescente ficar. A gente precisa quebrar essa lógica de que crianças e adolescentes sabem mais de celular do que o adulto. O adulto precisa saber, sim, desses riscos, saber orientar, conversar com o filho. É preciso trazer esse discurso de uma maneira reflexiva, e não de uma maneira sedutora ou de viralização.

Em geral, [a criança] não vai saber que está sob risco. Quem precisa mostrar o risco são os pais. A gente tem essa lógica de que ‘meus filhos vão aprender a se virar na internet e vão saber o que é bom e ruim’. Não, as crianças não têm esse domínio sobre o que é bom e o que é ruim. Os pais precisam aproveitar esse momento para conversar, para pensar se realmente está valendo a pena oferecer esse celular dessa maneira livre.

R7 - Que panorama você traçaria sobre a exposição de crianças nas redes sociais nos dias atuais?

Nara: A exposição de imagem tem várias frentes, que pode ser desde a exposição naturalizada, que o pai e a mãe fazem, nesse sentido de nasceu, mostra, até a exposição no sentido de um trabalho infantil.

A questão da exposição entra num tema importante porque essa criança está tendo uma visibilidade de pessoas, que num primeiro momento ela está vulnerável, ela não tem a propriedade de si para dizer ‘eu quero que você compartilhe sobre mim ou não’. Diferente de, por exemplo, um álbum de foto que o pai e a mãe tem e vai mostrar para os amigos, vai mostrar para o vizinho, que fica circunscrito dentro de um núcleo mais protegido.

Já quando a mãe ou o pai postam essas fotos nas redes sociais, essa criança passa a ter uma exposição que, muitas vezes, foge do próprio controle dos pais. Como é uma imagem que cai na rede e ganha dimensões completamente desproporcionais e fora de controle, essa foto eventualmente pode até prejudicar algo no futuro. Vamos pensar num adolescente que teve acesso a uma foto de infância. Então, em casos de bullying, em casos de violência, em casos de exposição da imagem da criança, hoje também com as questões muito evoluídas da inteligência artificial.

Em linhas gerais, essa exposição tem que ser feita de uma maneira bastante cuidadosa, preferencialmente dentro de redes fechadas, com o compromisso das pessoas de não divulgar. A gente precisa usar o recurso para o bem que ele tem também.

R7 - Existe alguma maneira dessa veiculação de imagens de menores no meio digital ocorrer de forma saudável?

Nara: Eu acho que sim. O ponto é que ainda, infelizmente, independente de condição educacional, social, econômica, em qualquer nível da sociedade, a gente tem pouquíssima formação em relação ao letramento digital.

Eu posso criar um banco de fotos privativo, a partir de um aplicativo que eu sei que os termos de uso garantem o sigilo daquelas imagens, daqueles dados, e criar, por exemplo, um álbum de fotos e compartilhar eventualmente um link num processo de segurança.

O primeiro ponto seria conhecer os termos de uso de cada aplicativo. Existem aplicativos que vão garantir mais segurança, mas ainda assim mais limitada do que seria uma segurança física de eu estar com uma foto em papel, transmitindo e mostrando para pessoas que eu vou ter o domínio total.

Às vezes, as pessoas que são famosas e vão postar fotos dos filhos também não estão conscientes de que podem estar provocando um mal-estar, do risco de uso de dados. Ainda mais sendo uma pessoa com um nome, a gente tem os que gostam, os que não gostam. Então, o risco dessas fotos virem a ter um mau uso acabam sendo até maiores. É importante realmente pensar se precisa disso.

R7 - Quais sintomas a criança pode manifestar de que aquilo não está fazendo bem para ela, que ela está sendo afetada negativamente?

Nara: Quando é o adulto que expõe, a criança pequena dificilmente vai ter um senso de razão de conseguir fazer uma avaliação adequada se aquilo é bom ou não para ela. No início, ela vai até achar interessante, ela vai achar bonito se ver ali naquela imagem, naquele vídeo, ela vai gostar de comentários, porque a gente tem esse senso de querer ser visto, de querer ser reconhecido.

O ponto é que essa imagem acaba tendo uma grande exposição e, em caso de crianças que ficam muito dependentes da internet, pode gerar ansiedade, estados que começam com uma depressão, com uma tristeza. Mas, com o tempo, isso pode virar um quadro mais depressivo do tipo ‘poxa, quando eu era pequenininha, todo mundo olhava minha foto, todo mundo curtia, e agora eu tô crescendo’. De repente, você perde.

O que vai acontecendo no decorrer do desenvolvimento infantil está fora do que fica registrado na internet. Como a criança vai se percebendo com essa exposição, é um fator que é muito singular de cada um. Mas, com certeza, essa dependência de curtidas, de reconhecimento, vai predispondo a criança a um quadro que, talvez mais para frente, vá repercutir num estado mais grave de saúde mental.

R7 - Qual é a diferença na perspectiva de uma criança exposta quando muito nova e depois se desvinculou dessa imagem, e alguém que cresceu e continuou dentro desse universo? Quais as consequências para a saúde mental e em que nível isso afeta a formação da identidade?

Nara: Antigamente, quando a gente falava daquelas crianças destaques, elas, de alguma maneira, tinham uma rede junto aos pais que fazia todo um trabalho de orientação e de proteção, porque, pelo próprio Estatuto da Criança e do Adolescente, a criança precisa ter a infância protegida.

Hoje, o problema dos influenciadores mirins, é que, em geral, eles acontecem dentro de casa, e esses pais muitas vezes não têm a noção das repercussões que isso pode desenvolver na vida de uma criança. Que sentido essa criança vai ter na vida das pessoas e na vida desse pai, dessa mãe?

Será que essas questões vêm sendo pensadas? Como que uma criança se sente, percebendo que a imagem dela é extremamente importante para fazer uma manutenção de valores que estão sendo desenvolvidos naquela exposição?

Essa criança pode ir se reconhecendo nesse lugar, quase como se fosse um objeto e, futuramente, ela talvez não perceba o uso e naturalize isso na vida dela. Depois, na adolescência, isso vai crescendo, por exemplo, em exposições de fotos. A gente tem o grande tema dos adolescentes, o uso do corpo, de não perceber que precisam de proteção, de privacidade, de afeto, de reconhecimento, de frustrações.

Então, essa criança pode ir crescendo naturalizando e ela mesma, no futuro, não perceber que as suas próprias exposições podem estar trazendo riscos de violência, de assédios de várias naturezas.

Por outro lado, o trabalho infantil tem outro agravante, porque é a criança trabalhando ativamente. Que tempo de tela que essa criança tem, o quanto que ela se reconhece já nessa identidade? Então, ela já reconhece que aquilo que ela faz tem uma importância, que ela vai ganhar algo a partir disso.

Quando deixa de acontecer esse reconhecimento, a gente sabe que muitos no futuro não conseguiram lidar. Qual é a estrutura que essa família, que essas pessoas têm para dar um suporte para essa criança, de fato, conseguir crescer com o desenvolvimento emocional saudável?

Agora, além de ela estar exposta a esse mundo, ela ainda está servindo para influenciar milhares de outras crianças que também estão deixando de ter a vida delas fora da internet. O que exponencializa muito a problemática.

Eu tenho uma criança que possivelmente está no lugar de um trabalho infantil, onde ela não está tendo os direitos dela preservados, além de estar tendo um prejuízo socioemocional, porque essa criança não interage, não aprende a lidar com o cotidiano da vida.

O influencer acaba entrando nesse grau de prejuízo social em geral, em nome de uma marca, de um produto, de uma venda, e isso é um prejuízo para a sociedade. A gente já sai do âmbito de uma criança que pode estar adoecida e a gente multiplica esse adoecimento em diferentes casas.

R7 - Por que esse tipo de conteúdo envolvendo crianças é tão apelativo? Nesse sentido, quais consequências negativas também existem para as crianças que consomem esse conteúdo?

Nara: O apelo vem primeiro por um fim de publicidade. Toda a questão de marketing, de propaganda, de venda. Com certeza, por trás de tudo isso, tem uma lógica consumista que usa muito dos recursos da internet.

Em termos de consequência da hiperconexão de crianças e adolescentes, a gente tem estudos dentro da neurologia, de imagens, mostrando e comprovando que a exposição excessiva de crianças e adolescentes trazem prejuízos seríssimos.

Há um estudo recente trazendo a questão de correlações neurológicas, de exames de imagem, que vão acompanhar o desenvolvimento das crianças e mudanças na estrutura cerebral de jovens que estão hiperconectados, em relação a jovens que não usam a internet.

Eles têm percebido, dentro da própria neurologia, que há uma maior deterioração da substância branca, que é aquela parte que faz a comunicação entre as áreas do cérebro. Há uma redução da matéria cinzenta do cérebro, que é responsável por processamento das informações, pela parte de decisão, do desenvolvimento emocional e afetivo da criança e do adolescente.

Sem contar o que já está mais do que batido: a exposição a telas, principalmente no final do dia, vem trazendo quadros de redução da melatonina, dificuldades dessas crianças dormirem. O índice de crianças com insônia, com problemas para dormir é imenso. Muita medicalização, tudo girando em torno de uma máquina que está sendo usada de uma maneira inconsciente.

O estresse aumentado pelo fator dessa exposição, de níveis de cortisol alterados. Sem contar as perdas socioemocionais, que são aquelas de relação. Crianças e adolescentes hoje têm pouquíssimo contato com outras gerações, [comparado a] outras épocas, quando a gente não tinha internet. Há essa quebra de transmissão de valores entre gerações.

É o avô, é aquele tio chato que eu vou ter que ficar na casa dele, escutando aquela coisa chata. A gente não precisa mais desenvolver a tolerância, a frustração. A gente não precisa mais confrontar os nossos valores com uma geração diferente, para se reafirmar no que a gente acredita, porque a gente tem uma solução fácil. A gente liga o celular e simplesmente esquece que aquele tio é chato. Tudo bem, ele que fale o que ele quiser, que eu vou ficar aqui no meu mundo.

Há uma expectativa de que quadros de demência comecem a acontecer aos 30, 40 anos, exatamente por toda essa configuração de perda cerebral que as tecnologias vêm trazendo. É toda uma estrutura de vida e da sociedade, não é mais só uma questão de indivíduo.

Muitas crianças hoje não conseguem, não têm para si próprias o que é a empatia, o que é se ver no lugar do outro, o que é sentir pelo outro, porque a internet acaba mediando todas as relações. Então aquela cultura do delete não permite que eu enfrente uma face que está triste.

Com certeza, um prejuízo muito grande do socioemocional, do desenvolvimento das interações humanas, da capacidade de reconhecer um outro indivíduo como ser humano e de me reconhecer, também identificando os meus sofrimentos, os meus limites, as situações que eu posso estar vivendo que podem repercutir num abuso, num maltrato que seja emocional, moral, que seja físico.

Eu sempre trago uma imagem. A criança, o adolescente está no quarto sozinho, com o celular, ele não está sozinho. Você deixaria o teu filho numa praça pública, numa cidade estranha, à noite? Muito certamente os pais diriam não, então, por que a gente deixa na internet? É o mesmo sistema, tem grandes riscos e riscos até maiores de violência dentro desse universo.

*Sob supervisão de Júlia Ramos, editora do R7

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