‘Agora, vamos atacar’: general revela detalhes da segunda fase da guerra contra o Hamas
Objetivos da guerra exigem entrada terrestre para expor o inimigo e destruí-lo, disse chefe do Estado-Maior Geral de Israel
Internacional|Do R7
Três semanas depois dos ataques do grupo terrorista Hamas contra Israel, que deixaram mais de 1.400 mortos, milhares de feridos e resultou no sequestro de cerca de 230 pessoas, o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, e as FDI (Forças de Defesa de Israel) anunciaram uma nova fase do conflito e advertiram que a Faixa de Gaza se tornou um "campo de batalha".
"[Começamos] a segunda etapa da guerra, cujo objetivo é claro: destruir as capacidades militares e a direção do Hamas, e trazer os reféns para casa", disse Netanyahu na noite (à tarde, no Brasil) deste sábado (28), em Tel Aviv. O premiê se referiu às entradas por terra que as forças militares realizaram nos últimos dias perto das fronteiras ao norte e ao leste da Faixa de Gaza.
Logo depois, o chefe do Estado-Maior Geral das FDI, Herzi Halevi, divulgou um vídeo no X (antigo Twitter), detalhando alguns pontos da operação. “Esta guerra tem estágios, e hoje estamos mudando de estágio”, disse. Segundo Halevi, a primeira fase foi necessária para “estabelecermos nossa linha de defesa”. “Agora, vamos atacar”, disse.
“Nossas forças estão atualmente realizando operações terrestres na Faixa de Gaza. Essa é uma operação importante e complexa. Os objetivos da guerra exigem uma entrada terrestre. Não há ganhos sem riscos e, como sabemos, não há vitória sem custos. Para expor o inimigo, para destruí-lo, não há outra maneira senão entrar com força em seu território”, declarou.
Segundo Halev, “esta atividade é acompanhada de fogo preciso e pesado”. Os ataques têm como objetivo “desmantelar o Hamas, [garantir a] segurança nas fronteiras e incluem um esforço supremo para trazer todos os sequestrados de volta para casa”.
“O inimigo tem centenas de túneis, suas infraestruturas estão sendo destruídas. Também nos últimos dias, continuamos a atacar e a destruir lideranças dos terroristas do Hamas e a comprometer os soldados [da organização] e suas infraestruturas”, acrescentou.
O chefe do Estado-Maior Geral das FDI não disse quanto tempo deve durar esta nova fase da guerra contra os terroristas do Hamas, que controlam a Faixa de Gaza desde 2007, quando expulsaram do território a Autoridade Palestina, entidade reconhecida internacionalmente como representante do povo palestino.
Em seu pronunciamento hoje, porém, o premiê Benjamin Netanyahu afirmou que “a guerra na Faixa de Gaza será longa e difícil”. O primeiro-ministro israelense faz alertas sobre a longa duração do conflito desde o início da guerra.
Hezbollah
A guerra contra o Hamas não é a única preocupação de Israel. De acordo com o chefe do Estado-Maior Geral das FDI, os militares estão “acompanhando os desenvolvimentos regionais e estão preparados para qualquer cenário”. Ele se referiu ao grupo terrorista Hezbollah, que ataca território israelense a partir do sul do Líbano.
“Na fronteira norte, estamos em alta prontidão para prevenir e frustrar tentativas do Hezbollah de prejudicar cidadãos israelenses ou soldados das FDI, como o Comando do Norte tem feito com sucesso nos últimos dias”, afirmou Halevi.
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