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Argentina assina pacto energético com Brasil e busca recursos para gasoduto

Parceria para energia elétrica e gás é válida até 2025, com renovações automáticas de quatro em quatro anos

Internacional|Do R7

Presidente da Argentina, Alberto Fernández, durante encontro do G20
Presidente da Argentina, Alberto Fernández, durante encontro do G20

Brasil e Argentina assinaram um memorando de entendimento na quinta-feira (24) sobre envios de eletricidade e gás até 2025 e estão negociando a possibilidade de o governo brasileiro financiar parte da construção de um gasoduto essencial para a colossal formação de hidrocarbonetos não convencionais de Vaca Muerta.

“A integração energética está se tornando uma realidade”, destacou o presidente argentino, Alberto Fernández, após a assinatura do acordo. O memorando regula o fornecimento de eletricidade e gás entre os dois países até 2025, mas será renovado automaticamente a cada quatro anos.

A Argentina exportou eletricidade para o Brasil por cerca de US$ 1 bilhão (mais de R$ 5,3 bilhões) em 2021 e fez envios de gás em várias formas para território brasileiro no valor de US$ 350 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão) até agora neste ano.

Neste ano, o Brasil forneceu eletricidade à Argentina no valor de US$ 250 milhões (mais de R$ 1,3 bilhão).


O novo contrato permite a utilização do Sistema Bilateral de Pagamentos em Moedas Locais para saldar as compras de energia.

O memorando foi assinado pelo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Hailton Madureira de Almeida, pela secretária de Energia da Argentina, Flavia Royon, e pelo embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli.


No marco da assinatura do memorando, o governo argentino informou que está em negociações com o Brasil para obter financiamento para as próximas etapas da construção do gasoduto Presidente Néstor Kirchner.

Este gasoduto, cuja primeira etapa já está em construção e será concluída em meados do próximo ano, será fundamental para a evacuação do gás de Vaca Muerta, no sudoeste da Argentina.


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A formação, segunda maior reserva de gás não convencional do mundo, requer maior capacidade de transporte para avançar com seu desenvolvimento massivo.

A Argentina entende que o desenvolvimento de Vaca Muerta é fundamental para alcançar sua autossuficiência energética e se projetar como fornecedor internacional, tendo o Brasil como mercado potencial para o gás da gigantesca formação através da extensão do novo gasoduto.

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