O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, afirmou neste sábado (15) que o país reconhece formalmente que Jerusalém Ocidental é a capital de Israel e que pretende mudar a embaixada australiana para a cidade "quando for prático".
"A Austrália agora reconhece Jerusalém Ocidental, sendo a sede do Knesset (parlamento) e muitas das instituições do governo, é a capital de Israel", declarou.
Apesar disso, o governo australiano só irá mudar a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém Ocidental quando o status da cidade for determinado sob um acordo de paz.
"Decidimos iniciar o trabalho agora para identificar um local adequado para uma embaixada australiana em Jerusalém Ocidental. Por respeito à preferência claramente comunicada do governo israelense de que países não estabeleçam consulados ou escritórios honorários em Jerusalém Ocidental, o governo australiano estabelecerá um escritório de comércio e defesa".
Para Morrison, a Austrália defende a solução de dois Estados: um israelense e outro palestino, este último, com capital em Jerusalém Oriental. "O governo australiano também resolveu reconhecer as aspirações do povo palestino por um futuro Estado com sua capital em Jerusalém Oriental", disse.
O status de Jerusalém — lar de lugares sagrados para as religiões muçulmana, judaica e cristã — é um dos maiores obstáculos para um acordo de paz entre Israel e os palestinos. Israel considera toda a cidade como sua capital, incluindo o setor oriental, que anexou após a guerra de 1967.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ultrajou o mundo islâmico e alimentou a preocupação internacional ao reconhecer Jerusalém como a capital de Israel em dezembro e transferir a embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém em maio.