Bolívia aceita ajuda internacional para combate a incêndios
Presidente afirmou que os Ministérios de Relações Exteriores e Defesa estão a postos para fazer com que 'a cooperação seja a mais rápida possível'
Internacional|Da EFE

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou neste domingo (25) que aceitará ajuda internacional para o combate aos incêndios na Chiquitania, uma região entre a Amazônia e o Chaco e que é uma das principais áreas turísticas do país.
"A cooperação é bem-vinda, seja de organismos internacionais, seja de personalidades, como de presidentes", declarou Morales em entrevista coletiva após um ato de governo em Cochabamba.
O presidente boliviano disse também que os Ministérios de Relações Exteriores e Defesa estão a postos para fazer com que "a cooperação possa ser a mais rápida possível".
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Além disso, Morales reiterou o agradecimento aos presidentes de Chile (Sebastián Piñera) e Paraguai (Mario Abdo Benítez) e ao presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, que telefonaram para prestar solidariedade e a intenção de cooperar.
Morales destacou também a ajuda do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), que anunciou a doação de cerca de US$ 500 mil para o combate aos incêndios, o equivalente a mais de R$ 2 milhões.
O governante disse que soube pela imprensa que a Argentina e o Peru estão dispostos a ajudar o país e que recebeu um aviso do Ministério das Relações Exteriores da França que propõe uma "aliança para cuidar da biodiversidade em toda a região amazônica da América do Sul", proposta que, segundo ele, o governo boliviano vai analisar.
Segundo Morales, 2 mil soldados das Forças Armadas, 450 policiais e quatro helicópteros estão nas áreas afetadas para combater os incêndios, assim como o maior avião-tanque do mundo, que foi contratado pelo governo — e ele garantiu que outras três aeronaves de menor porte também o serão.
O presidente boliviano prometeu que o governo construirá casas para as dez famílias que perderam residências nos incêndios, assim como alimento para animais que elas criam e que ficaram sem pasto.
Morales alertou que os incêndios "devem continuar a acontecer", já que a região sofre há dois meses com a falta de chuvas e há muita seca. Ele também anunciou que suspenderá por uma semana a campanha eleitoral para as eleições gerais de outubro, para focar as atenções no combate aos incêndios.