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Chikungunya se espalha na China e autoridades retomam medidas usadas na pandemia

Chuvas intensas e temperaturas elevadas agravaram a situação no sul do país

Internacional|Do R7

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • China enfrenta o maior surto de chikungunya, com mais de 10 mil infectados em Foshan, Guangdong.
  • Autoridades implementam medidas rigorosas, como hospitalização obrigatória e campanhas de desinfecção.
  • Multas são aplicadas a moradores que acumulam água parada, favorecendo a proliferação de mosquitos.
  • Condições climáticas, como chuvas e calor, agravam a situação e há risco de expansão para outros países.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

OMS alerta sobre possibilidade de nova epidemia de chikungunya
Chikungunya já causou mais de 240 mil infecções em 16 países em 2025, afirma ECDC Reprodução/Record News

O maior surto de chikungunya já registrado na China levou autoridades do país a adotarem medidas rigorosas para tentar conter a transmissão do vírus. Mais de 10 mil pessoas foram infectadas nas últimas semanas, a maioria na cidade de Foshan, na província de Guangdong, no sul do país.

O vírus é transmitido por mosquitos e causa febre alta, fortes dores musculares e nas articulações, fadiga e erupções cutâneas. Embora não seja transmitido entre pessoas, o avanço dos casos levou o governo chinês a adotar estratégias semelhantes às utilizadas durante a pandemia de Covid-19. Entre elas estão a hospitalização obrigatória por no mínimo uma semana, quarentena domiciliar temporária e campanhas de desinfecção em massa.


Autoridades também passaram a aplicar multas de até 10 mil yuans em moradores que mantêm água parada em casa, o que favorece a reprodução de mosquitos. Em alguns casos, o fornecimento de energia foi interrompido como punição. Cidades próximas a Foshan também relataram novos casos.

Especialistas da Organização Mundial da Saúde alertaram que a doença pode se espalhar para outros países, em especial regiões onde há grande circulação de pessoas e presença dos mosquitos transmissores. A OMS observou sinais semelhantes aos de surtos anteriores, incluindo o que infectou quase meio milhão de pessoas duas décadas atrás.


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O médico César López-Camacho, do Instituto Jenner da Universidade de Oxford, classificou o cenário como um surto significativo. Segundo ele, a China nunca havia registrado transmissão local sustentada da doença. A ausência de imunidade prévia entre a população pode ter facilitado a disseminação do vírus.

De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, a chikungunya já causou mais de 240 mil infecções em 16 países em 2025, incluindo 90 mortes. A maioria dos casos foi registrada na América do Sul.


Embora a chikungunya não se espalhe de pessoa para pessoa e não represente risco de pandemia nos moldes da Covid-19, especialistas dizem que ela pode causar surtos regionais graves, especialmente em locais com pouca imunidade e condições favoráveis à proliferação de mosquitos.

Chuvas intensas e temperaturas elevadas agravaram a situação no sul da China. Para conter a doença, drones estão sendo usados para localizar focos do mosquito e ruas inteiras vêm sendo pulverizadas com desinfetantes.


A OMS defende que autoridades locais façam o sequenciamento genético do vírus para entender se mutações recentes aumentaram a capacidade de adaptação a novas espécies de mosquitos. Isso pode interferir na eficácia de vacinas em desenvolvimento ou já existentes.

Especialistas recomendam que viajantes para áreas com surtos de chikungunya usem roupas compridas, repelente e fiquem em locais com telas de proteção ou ar-condicionado. Pessoas que apresentarem febre e dores articulares ao voltar dessas regiões devem procurar atendimento médico.

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