China se opõe ao uso de armas químicas mas condena intervenção na Síria
Internacional|Do R7
Pequim, 26 abr (EFE).- A China afirmou nesta sexta-feira que é contra a produção de armas químicas por qualquer país, após os Estados Unidos apontarem que há indícios de sua utilização na guerra civil da Síria, mas se manteve firme em defender a não intervenção no país árabe. "O uso deste tipo de arma viola as convenções internacionais e a China é muito clara neste sentido: é contra a produção e o uso de armas químicas por qualquer país. No entanto, a China também se opõe a qualquer intervenção", disse hoje a porta-voz chinesa de Relações Exteriores, Hua Chunying. Em sua entrevista coletiva diária, Hua destacou que a postura do país asiático é "clara e consistente" e voltou a pedir à comunidade internacional uma solução mediante o "diálogo". "A situação atual na Síria é crítica. Temos que dirigir bem o rumo e buscar uma resolução política, lançar o diálogo", explicou Hua. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, afirmou ontem em Abu Dhabi que os serviços secretos do país detectaram indícios do uso de armas químicas por parte do regime de Bashar al Assad. Depois do anúncio, a opositora Coalizão Nacional Síria (CNFROS) pediu hoje uma rápida ação internacional para interromper o uso deste tipo de armamento. O organismo afirmou ainda que Damasco deve levar em conta que "o emprego de armas químicas é uma linha vermelha cujo cruzamento terá resultados graves". No entanto, pouco depois a Casa Branca frisou que as "avaliações de inteligência" sobre o uso de armas químicas na Síria ainda não são "suficientes" e assinalou que são necessários "fatos confirmados" para tomar decisões. O presidente americano, Barack Obama, alertou em várias ocasiões que o uso de armas químicas na Síria seria intolerável e significaria atravessar "uma linha vermelha". Por sua parte, o regime sírio sempre negou o uso de armas químicas e até mesmo sua existência no país. EFE tg/dk