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Confrontos deixam 2 mortos e 300 feridos na capital egípcia, dizem islamitas

Até o momento, autoridades confirmaram apenas 21 feridos

Internacional|Do R7

Simpatizantes do presidente deposto, Mohammed Mursi, seguram retrato do ex-líder durante comício na Praça Ramsés que deixou pelo menos dois mortos e 300 feridos, de acordo com islamitas
Simpatizantes do presidente deposto, Mohammed Mursi, seguram retrato do ex-líder durante comício na Praça Ramsés que deixou pelo menos dois mortos e 300 feridos, de acordo com islamitas

Pelo menos duas pessoas morreram e 300 ficaram feridas em confrontos registrados na noite de segunda-feira (15) entre partidários do deposto presidente Mohammed Mursi e as forças de ordem no centro do Cairo, informou nesta terça-feira (16) a Irmandade Muçulmana.

As duas vítimas morreram em frente à mesquita de Al Fattouh na Praça de Ramsés, assinalou o grupo, cujos seguidores voltaram a realizar um amplo protesto ontem contra o golpe militar que depôs Mursi no último dia 3 de julho.

No entanto, até o momento, as autoridades só confirmaram 19 feridos na Praça Ramsés e dois em distúrbios registrados em Giza. Uma fonte dos serviços segurança, citada pela agência de notícias estatal Mena, assinalou que pelo menos quatro agentes ficaram feridos, dois deles oficiais.

Um desses feridos sofreu uma fratura no pé. Segundo fontes das forças de segurança, após os confrontos, alguns manifestantes bloquearam o trafego na ponte 6 de outubro. O jornal local Al Ahram, em sua versão online, afirmou que os confrontos começaram após a chegada das forças de ordem, que usavam gás lacrimogêneo para dispersar os participantes do protesto, que, em resposta, bloquearam o tráfego da ponte, uma das principais da capital.


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No início da manhã desta terça-feira, o clima de tranquilidade voltou à Praça Ramsés, depois que os manifestantes deixassem a região, assinalou a Mena, que afirmou que moradores do bairro criaram comitês populares para impedir o retorno dos leais a Mursi ao lugar, onde 400 islamitas permanecem no interior da mesquita de Al Fattouh.

Em seu site, a Irmandade Muçulmana publicou o pedido de socorro do imã desse templo ao Exército e a polícia para que resgatem os manifestantes refugiados ali, os quais, segundo ele, estão cercados por pistoleiros. Na segunda-feira à noite, dezenas de milhares de seguidores de Mursi voltaram às ruas para protestar contra o golpe de estado militar e contra o massacre em frente à sede da Guarda Republicana, onde 51 pessoas foram assassinadas na última semana


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