Conheça o papel das redes sociais na eleição norte-americana
Segundo levantamento, 72% dos cidadãos aptos a votar têm perfil em alguma plataforma; redes permitem que candidatos falem direto ao eleitor
Internacional|Fábio Fleury, do R7
A menos de uma semana da eleição presidencial dos EUA, um estudo mostra como as redes sociais impactam o público, mais especificamente os eleitores, e podem ajudar a decidir se o presidente Donald Trump será reeleito ou se o ex-vice-presidente Joe Biden ocupará o cargo a partir de janeiro de 2021.
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De acordo com a pesquisa, feita pela consultoria Socialbakers, 72% dos norte-americanos que estão aptos para votar utilizam alguma rede social. Isso significa cerca de 185 milhões dos 257 milhões dos cidadãos que podem participar da eleição.
Outro dado impressionante é que 69% dos eleitores, ou pouco mais de 177 millhões, usam exclusivamente o Facebook. Em muitos casos, a rede social vem se tornando a maior fonte de informação para uma parte importante do eleitorado.
"Está claro que as redes sociais mudaram completamente a dinâmica das campanhas eleitorais em todo o mundo. Elas proporcionam um canal aberto com os eleitores, onde os políticos podem falar das suas pautas e ideias sem precisar comprar um horário comercial ou se limitar ao tempo determinado pelos veículos convencionais", afirma o porta-voz da Socialbakers no Brasil, Felipe Ferrari.
Visibilidade e engajamento
Outro ponto importante é a possibilidade de, além de falar sobre o que o candidato considerar importante, medir o engajamento do público com relação aos assuntos abordados em tempo real. "Isso dá um caminho mais claro na hora de fazer um discurso ou se posicionar sobre um tema em um debate", exemplifica.
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No estudo feito pela consultoria, é possível notar a diferença de alcance dos dois candidatos norte-americanos em uma plataforma como o Twitter. Trump, que usa a rede há mais tempo, tem a presença muito mais consolidada, mas Biden vem ganhando espaço e crescendo em engajamento.
Trump tem um dos perfis mais conhecidos do Twitter, com mais de 87 milhões de seguidores, enquanto Biden chegou aos 11 milhões apenas na reta final da eleição. No entanto, o estudo mostra que a média de engajamentos (republicações, curtidas e respostas) para cada tuíte do democrata chega a ultrapassar o do republicano: 104 mil de Biden contra 103 mil de Trump.
"Podemos notar que Joe Biden passou de alguém praticamente irrelevante no Twitter no início do ano, para um forte candidato à presidência em setembro, tendo volumes de engajamento total mais próximos ao de Donald Trump, que possui uma base de seguidores 8 vezes maior", explica Ferrari.
Em uma eleição tão polarizada e disputada, esses números mostram que o novo campo de disputas digital ganha um papel cada vez mais relevante.