Coreia do Norte vai pagar o 'preço' se fornecer armas para a Rússia, alerta EUA

A Casa Branca expressou preocupação pelo avanço das negociações entre Kim Jong-un e Vladimir Putin

05/09/2023 - 16h55 (Atualizado em 20/04/2024 - 04h16)

A Coreia do Norte enfrentará consequências se fornecer à Rússia armamento para a guerra contra a Ucrânia, alertou nesta terça-feira (5) um alto funcionário do governo dos Estados Unidos.

"Vão pagar um preço por isso na comunidade internacional", disse a jornalistas o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, ao ser consultado durante uma coletiva de imprensa sobre as "discussões ativas" entre Moscou e Pyongyang sobre entregas de armas.

Washington acredita que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, tenha a intenção de visitar a Rússia para tratar com o presidente Vladimir Putin da venda de armas a Moscou para a guerra contra a Ucrânia.

Na semana passada, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, já havia expressado sua preocupação pelo rápido avanço dessas negociações sobre futuras entregas de armas e havia instado o regime comunista a "cessar" essas discussões.

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Sullivan reconheceu, no entanto, que não estava em condições de dizer quais tipos de arma seriam entregues. "Continua a ser uma questão aberta em relação a que tipo e à qualidade do equipamento que poderia ser entregue", explicou.

"Diz muito da Rússia ter que recorrer a um país como a Coreia do Norte para reforçar suas capacidades de defesa", acrescentou.

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Concretamente, Pyongyang poderia fornecer munição para artilharia, assim como matérias-primas para a indústria de defesa russa.

Segundo o New York Times, Kim viajará a Vladivostok, na costa leste da Rússia, no fim deste mês em um trem blindado para se reunir com Putin. De 10 a 13 de setembro, Vladivostok recebe o 8° Fórum Econômico Oriental, organizado pelo Kremlin.

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O presidente americano, Joe Biden, aproveitará a cúpula de líderes do G20, que ocorrerá na Índia no próximo fim de semana, para reafirmar seu apoio à Ucrânia "durante o tempo que for preciso", apontou Sullivan.

Kim Jong-un visita fábricas e promete expandir indústria de munições e navios para a guerra

O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, inspecionou o Complexo de Máquinas de Pukjung e uma importante fábrica de munições do país. Acompanhado de autoridades da ditadura, Kim conversou com os trabalhadores do complexo e agradeceu por impulsionarem a produção e serem fieis às políticas de defesa nacional e desenvolvimento econômico

Ao percorrer as linhas de produção do complexo, o ditador da Coreia do Norte conheceu o estado do parque fabril e os avanços de tecnologia que foram propostos. O chefe manifestou apoio e grande satisfação, de acordo com a imprensa local

Kim destacou que complexo desempenha um papel importante que nenhum outro pode substituir no desenvolvimento da indústria de construção naval do país e no fortalecimento das forças navais da Coreia do Norte. Por isso, prometeu uma política revolucionária para uma nova era da indústria de construção naval

O ditador disse que, no próximo encontro do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, vai determinar uma importante linha de modernização do complexo e a orientação para o desenvolvimento da indústria de construção naval do país

Durante o final de semana, a Coreia do Norte Corea del Norte fez uma "simulação de um ataque nuclear tático" com ogivas nucleares falsas instaladas em dois mísseis de cruzeiro disparados contra o mar, de acordo com a imprensa estatal do país. A KCNA disse que o ensaio foi "exercício de contra-ataque" em resposta à atividade militar conjunta das forças americanas e sul-coreanas, que, de acordo com Pyongyang, agravou as tensões na região

"Na madrugada do dia 2 de setembro, ocorreu uma simulação de ataque nuclear tático para advertir os inimigos sobre o perigo real de uma guerra nuclear", disse a imprensa da ditadura de Kim Jong-un. "Houve lançamento de dois mísseis de cruzeiro de longo alcance com ogivas nucleares falsas" a partir da costa oeste da Coreia do Norte em direção ao mar, acrescentou a KCNA

A Coreia do Sul disse, no sábado (2), que um número indeterminado de mísseis de cruzeiro foi disparado em direção ao Mar Amarelo e que estava avaliando as características dos foguetes

A KCNA, que é a agência estatal de notícias norte-coreana, acusou os Estados Unidos e a Coreia do Sul de buscar uma "histérica confrontação" com os últimos exercícios militares conjuntos

As manobras dos Estados Unidos e da Coreia do Sul despertam a ira do regime de Kim Jong-un, que as considera ensaios de uma invasão do país. Por outro lado, Seul e Washington dizem que os exercícios têm caráter de defesa e pretendem reforçar a cooperação entre os aliados

O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, inspecionou o Complexo de Máquinas de Pukjung e uma importante fábrica de munições do país. Acompanhado de autoridades da ditadura, Kim conversou com os trabalhadores do complexo e agradeceu por impulsionarem ...