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Diretor de Energia Atômica da ONU afirma que há caminho para diálogo e diplomacia

Grossi afirma que ‘violência e destruição podem chegar a níveis impensáveis’

Internacional|Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

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Rafael Mariano Grossi defende diálogo e diplomacia em conflito Reprodução/WebTV da ONU - 22.06.2025

O diretor-geral de energia atômica da ONU (Organização das Nações Unidas), Rafael Mariano Grossi, disse neste domingo (22), durante a reunião do Conselho de Segurança, que existe uma “janela de oportunidade de voltar para o diálogo e a diplomacia”. “Se essa janela for perdida, violência e destruição podem chegar a níveis impensáveis, e o regime global de não proliferação como o conhecemos poderá se desfazer e acabar”, declara.

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Grossi afirma que Irã, Israel e o Oriente Médio precisam de paz, e que ainda existe um “caminho para a democracia”. Ele pede que as discussões voltem a acontecer em mesas de negociações e que a Agência Internacional de Energia Atômica, responsável por monitorar o Tratado de Não Proliferação e Armas Nucleares, siga com seu trabalho.


O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a diplomacia deve prevalecer na escalada de conflito entre Israel, Irã e EUA, e pediu que os civis sejam protegidos em meio ao embate.

“Esse bombardeio marca o perigo na região já em crise. Também condenei repetidamente o aumento da intensidade militar no Oriente Médio. O povo da região não pode passar por mais um ciclo de destruição. E, ainda assim, agora corremos o risco de entramos num ciclo de retaliação após retaliação. Para evitar isso, a diplomacia deve prevalecer, os civis devem ser protegidos, a navegação segura deve ser garantida”, afirmou Guterres.


O secretário defendeu uma ação imediata para que o conflito acabe e retornem as negociações “sérias sobre o programa nuclear do Irã”. Guterres pediu uma solução que “restaure a confiança”, incluindo o acesso a inspetores da agência atômica como autoridade na área.

Ataque dos EUA

Em uma ofensiva coordenada e mantida em sigilo até sua execução, os Estados Unidos atacaram, na madrugada de sábado (21), três instalações nucleares do Irã. Poucas pessoas souberam da operação, segundo informações divulgadas em coletiva neste domingo (22).


A operação, batizada de Midnight Hammer (Martelo da Meia-noite), mobilizou bombardeiros B-2 partindo diretamente do território norte-americano e contou com o lançamento de mísseis Tomahawk por um submarino posicionado no Golfo Pérsico.

Durante coletiva no Pentágono, o secretário de Defesa Pete Hegseth afirmou que os bombardeios contra três instalações nucleares iranianas “devastaram o programa nuclear do Irã”.


“As ambições do Irã foram destruídas. Muitos sonharam em realizar esse ataque final. Só Trump conseguiu”, declarou. Hegseth ainda destacou que “durante seu governo, Trump afirmou que o Irã precisa, não pode, ter uma arma nuclear. Ponto final.”

O general John D. Caine, presidente do Estado-Maior Conjunto, detalhou os meios utilizados: 75 munições guiadas, incluindo 14 bombas GBU-57 — artefatos projetados para perfurar dezenas de metros abaixo do solo, capazes de atingir bunkers fortificados.

O pacote de ataque principal, segundo o miitar era composto por 7 bombardeiros B-2 Spirit” voando 18 horas do continente americano até o Irã com múltiplos reabastecimentos aéreos.

Além disso, aviões de combate destruíram sistemas de defesa aérea iranianos para facilitar o avanço dos bombardeios.

“Os caças iranianos não voaram, e parece que os sistemas de mísseis terra-ar iranianos não nos avistaram durante toda a missão. Mantivemos o elemento surpresa”, acrescentou Caine.

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