Domo de Ferro, Arrow, C-Dome e Patriot: Entenda como funciona o sistema de defesa aérea de Israel
Ofensiva do Irã coloca à prova uma rede de proteção construída ao longo de décadas pelo governo israelense
Internacional|Do R7

O recente ataque com mísseis e drones lançados pelo Irã contra Israel reacendeu o debate sobre a eficácia do sistema de defesa aérea israelense, considerado um dos mais sofisticados do mundo.
A ofensiva, que incluiu mais de 100 mísseis balísticos e dezenas de drones, amplia o risco de uma escalada no Oriente Médio e coloca à prova uma rede de proteção construída ao longo de décadas pelo governo israelense.
Ao longo das investidas de grupos terroristas como Hamas, Houthis e Hezbollah, Israel já provou que conta com um conjunto de sistemas projetados para enfrentar ameaças de curto, médio e longo alcance. Cada camada cumpre uma função específica, desde a neutralização de foguetes e drones até a interceptação de mísseis balísticos em altitudes elevadas.
A direct hit by Iranian missiles in the center of occupied #TelAviv.#Iran #Israel #IsraeliranWar pic.twitter.com/kxMfoLJhEr
— إيران بالعربية . (@iraniarabicir) June 13, 2025
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Conheça alguns desses sistemas de defesa e entenda suas funções estratégicas para Israel:
David’s Sling
O David’s Sling é responsável por proteger o país contra mísseis de médio e longo alcance, além de foguetes pesados e mísseis balísticos táticos.
O sistema utiliza o interceptador Stunner, equipado com dois estágios, capaz de manobrar no meio do voo para acertar alvos que tentam desviar. Essa tecnologia permite lidar com ameaças que voam mais rápido e em trajetórias imprevisíveis.
O David’s Sling funciona como uma ponte entre o Domo de Ferro, focado em curto alcance, e os sistemas de interceptação de mísseis de longo alcance.
C-Dome
A proteção também se estende ao ambiente marítimo com o C-Dome, a versão naval do Domo de Ferro. Instalado em embarcações militares, o sistema usa os mesmos interceptadores e se integra ao radar do próprio navio, sem depender de sensores externos. Sua função é proteger as embarcações contra drones, foguetes, mísseis de cruzeiro e outras ameaças vindas do mar ou de áreas costeiras.
Domo de Ferro
No núcleo do sistema está o Domo de Ferro, que entrou em operação em 2011. Ele foi projetado para interceptar foguetes, mísseis de curto alcance e morteiros, especialmente aqueles disparados de Gaza e de áreas próximas.
O radar do sistema calcula rapidamente se o projétil inimigo vai atingir uma área habitada ou infraestrutura crítica. Se houver risco, dispara um míssil interceptador que destrói o alvo no ar.
O Domo de Ferro consegue rastrear ameaças em até 70 km de distância e proteger uma área de 150 km², com uma taxa de acerto que Israel afirma ser superior a 90%.
Patriot
Já o sistema Patriot, de fabricação norte-americana, é uma das defesas mais tradicionais e ainda em uso. Desenvolvido inicialmente para interceptar aeronaves, ele ganhou projeção mundial durante a Guerra do Golfo, em 1991, ao derrubar mísseis Scud disparados pelo Iraque.
Atualmente, é utilizado contra mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e alvos aéreos. Com alcance de até 160 km, o Patriot funciona como uma camada adicional de proteção, principalmente contra ameaças de longo alcance.
Arrow 2 & 3
Além desses sistemas, Israel conta com o Arrow 2 e Arrow 3, desenvolvidos em parceria com os Estados Unidos.
Eles são responsáveis pela interceptação de mísseis balísticos fora da atmosfera terrestre, funcionando como a linha mais externa e estratégica da defesa israelense.
Enquanto o Arrow 2 cobre ameaças de médio alcance, o Arrow 3 é projetado para destruir mísseis em altitudes elevadas, inclusive no espaço, reduzindo o risco de detonação de ogivas convencionais ou não convencionais sobre o território.
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