Resumindo a Notícia
- Juiz decretou uma "ordem de proteção" no caso criminal do ex-presidente Donald Trump.
- Ele é acusado de falsificar registros comerciais para beneficiar sua campanha de 2016.
- Medida limita capacidade de Trump de publicar nas redes sobre evidências do caso.
- Decisão gerou repercussão negativa entre os apoiadores do ex-presidente.
Trump não poderá compartilhas certas informações sem aprovação prévia de um tribunal
Chiara Rodriquez/Reuters/BBC/01.05.2023Um juiz do tribunal de Manhattan, em Nova York, decretou uma "ordem de proteção" no caso criminal de Donald Trump, em que ele é reu por supostamente falsificar registros comerciais com a intenção de ocultar condutas ilegais relacionadas à sua campanha presidencial de 2016. A medida limita a capacidade do ex-presidente de divulgar nas redes sociais informações relacionadas às evidências na investigação.
Os promotores buscaram a ordem de proteção por causa do que chamaram de "extensa história" de Trump de fazer comentários inflamatórios sobre testemunhas, promotores e outros associados a questões legais pendentes contra ele, informou a promotora assistente Catherine McCaw em uma audiência na semana passada. Segundo a rede de notícias ABC News, a ordem decreta que "materiais sigilosos não devem ser repercutidose (...) em plataformas de mídia social ou de notícias, incluindo, entre outros, Truth Social, Facebook, Instagram, WhatsApp, Twitter, Snapchat ou YouTube, sem permissão".
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A decisão gerou repercussão negativa entre os apoiadores de Trump. Nas redes sociais, eles afirmaram que o ex-presidente está sendo silenciado e que essa é uma "medida de mordaça".
Juan Merchan, o juiz responsável pelo decreto, rebateu as alegações. Ele explicou que o ex-presidente ainda pode falar de maneira geral sobre o caso, mas sem fornecer informações específicas ou possíveis provas.
"Estou me esforçando para dar a ele todas as oportunidades de se candidatar", afirmou Merchan em uma audiência na semana passada. "Esta não é uma ordem de mordaça."
Trump enfrenta outros processos e está na mira de várias outras investigações. Nesta terça-feira (9), ele foi condenado por abuso sexual e difamação contra a jornalista Jean Carroll, e terá que desembolsar, ao todo, cerca de 5 milhões de dólares (R$ 24,7) em indenizações à vítima.
*Sob supervisão de Sofia Pilagallo
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