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Saiba quais são as outras investigações que têm Donald Trump na mira

Ex-presidente teria estimulado a invasão do Capitólio e levado documentos sigilosos da Casa Branca ao fim do mandato

Internacional|Do R7

Ex-presidente dos EUA Donald Trump
Ex-presidente dos EUA Donald Trump

Donald Trump se apresentou nesta terça-feira (4) em um tribunal criminal de Nova York, após ter sido indiciado por fraude contábil para encobrir, entre outros, o pagamento de propina para calar uma atriz pornô em 2016. O ex-presidente é alvo, no entanto, de outras investigações, relacionadas abaixo:

Invasão do Capitólio

Um comitê do Congresso, dissolvido pela maioria republicana que assumiu neste ano a Câmara baixa, investigou o papel de Trump na invasão de seus apoiadores do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando os legisladores se preparavam para certificar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020.

Durante várias audiências, o comitê, formado, sobretudo, por democratas, assegurou que o ex-presidente republicano inflamou seus apoiadores antes do ataque e que "fracassou em seu dever como comandante em chefe" durante a invasão.

Em seu relatório final, o painel concluiu que Trump não deveria voltar a ocupar um cargo público e recomendou que os tribunais federais abrissem um processo criminal contra ele, sobretudo por incentivar a insurreição. Esse é o caso que poderia resultar em acusações mais graves contra Trump.


O promotor especial Jack Smith investiga, ainda, o papel do ex-presidente nas tentativas de revogar o resultado da eleição presidencial de 2020. Quando concluir as investigações, ele poderá decidir indiciá-lo ou não. Mas a última palavra será do secretário de Justiça, Merrick Garland.

Apuração de votos na Geórgia

Uma procuradora da Geórgia investiga desde 2021 as "tentativas de influenciar as operações eleitorais" naquele estado do sul do país, onde Biden venceu por estreita maioria em 2020.


Em um telefonema, cuja gravação foi tornada pública, Trump pediu a Brad Raffensperger, alto funcionário local, que "encontrasse" quase 12 mil votos a seu favor.

Fani Willis, promotora do condado de Fulton, que inclui Atlanta, nomeou um grande júri para determinar se há provas suficientes para indiciar o ex-presidente. Pessoas próximas a Trump, como seu ex-advogado pessoal Rudy Giuliani, testemunharam.


Esse grande júri recomendou o indiciamento de várias pessoas, sem revelar se o ex-presidente está entre elas.

Arquivos da Casa Branca

Ao deixar a Casa Branca, Trump levou consigo caixas repletas de documentos, apesar de uma lei de 1978 obrigar os presidentes americanos a enviarem todos os seus emails, cartas e outros documentos de trabalho aos Arquivos Nacionais.

Em janeiro de 2022, Trump devolveu 15 caixas, mas o FBI, polícia federal americana, estimou que o ex-presidente provavelmente tinha mais em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida.

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Posteriormente, agentes do FBI fizeram uma revista com mandado judicial por "retenção de documentos sigilosos" e "obstrução de investigação federal" e confiscaram cerca de 30 caixas.

Começou, então, uma intensa batalha legal para determinar a natureza dos documentos apreendidos — sigilosos, pessoais ou com o sigilo suspenso? —, o que atrasou o processo, mas o caso pode resultar em um indiciamento por crime federal. O promotor especial Smith também investiga o caso.

Assuntos financeiros

Em janeiro, a Trump Organization foi condenada, em Nova York, a pagar uma multa de até 1,6 milhão de dólares (R$ 8,3 milhões) por fraude fiscal e financeira. É um caso criminal, mas se espera outro na esfera cível dentro de alguns meses.

A procuradora-geral do estado de Nova York, a democrata Letitia James, apresentou um processo contra Trump, seus filhos e a Trump Organization.

Eles são acusados de ter manipulado deliberadamente o valor dos ativos do grupo — que incluem clubes de golfe, hotéis de luxo e outras propriedades — para obter empréstimos mais vantajosos dos bancos ou reduzir impostos.

Letitia pede 250 milhões de dólares (mais de R$ 12,9 bilhões) em indenizações em nome do estado e a proibição de que o ex-presidente e seus familiares administrem empresas.

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