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Donald Trump possuía documentos ultrassecretos, diz Justiça dos EUA

Versão editada do mandado de busca à residência do ex-presidente dos Estados Unidos por agentes do FBI foi divulgada à imprensa

Internacional|Do R7, com informações da AFP e EFE

Agentes do FBI invadiram propriedade de Trump e apreenderam documentos confidenciais
Agentes do FBI invadiram propriedade de Trump e apreenderam documentos confidenciais

O FBI encontrou, na operação de busca e apreensão na mansão do ex-presidente Donald Trump, na Flórida, 184 documentos sigilosos, incluindo 67 marcados como confidenciais, 92 como secretos e 25 como ultrassecretos, conforme revelou nesta sexta-feira (26) o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Assim mostra uma versão editada do depoimento que indica as razões que justificaram a revista por agentes do FBI de um dos endereços do ex-chefe de Estado.

Os advogados do Departamento de Justiça se opuseram à divulgação do documento, mas o juiz ordenou que fosse tornado público com a edição que o Departamento considerasse necessária para proteger uma investigação relacionada à segurança nacional.

Agentes do FBI invadiram a propriedade de Trump em Mar-a-Lago em Palm Beach, Flórida, em 8 de agosto, apreendendo caixas contendo um grande número de documentos altamente confidenciais que Trump não devolveu ao governo, apesar de vários pedidos e uma ordem para fazê-lo.


A versão não editada da declaração explicaria em detalhes o que o departamento está investigando sobre Trump e possivelmente revelaria algumas fontes.

Mas o juiz Bruce Reinhart aceitou os argumentos do Departamento de Justiça de que havia uma necessidade "convincente" de ocultar partes significativas do documento.


Reinhart ordenou a divulgação da declaração editada até o meio-dia de sexta-feira (13h no horário de Brasília) e a expectativa em torno de sua liberação fez com que o site do tribunal federal travasse.

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As autoridades judiciais se opuseram à abertura do documento, dizendo que exigiria edições "tão extensas que deixariam o restante do texto aberto desprovido de conteúdo significativo".


Mas o juiz afirmou que sua divulgação atendia ao interesse público, já que o caso envolve uma operação sem precedentes do FBI na casa de um ex-presidente.

O mandado para a operação cita três estatutos criminais, incluindo um regido pela Lei de Espionagem, que torna crime obter ou reter ilegalmente informações de segurança nacional, e outro sobre obstrução de uma investigação federal.

Trump, que considera concorrer à presidência novamente em 2024, denunciou energicamente a operação do FBI.

"Esses bandidos políticos não tinham o direito, sob a Lei de Registros Presidenciais, de invadir Mar-a-Lago e roubar tudo à vista, incluindo passaportes e documentos privilegiados", disse o ex-presidente nas redes sociais nesta sexta-feira.

"Eles até arrombaram meu cofre. Dá para acreditar nisso?", escreveu. "Agora estamos vivendo em um país sem lei, que também é uma nação falida!" .

Trump entrou com uma ação na última segunda-feira (22) pedindo que um tribunal nomeie uma parte independente para revisar os arquivos apreendidos na operação do FBI em busca de materiais protegidos por privilégio pessoal.

Isso poderia bloquear o acesso dos investigadores aos documentos.

O ex-presidente não entrou com a ação no tribunal federal de Fort Lauderdale, na Flórida, que foi o que emitiu a ordem original, mas no mais distante Fort Pierce, cujo único juiz foi nomeado por ele.

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