Em disputa acirrada, Obama pede que eleitores votem no dia 6
Democrata teme que alta abstenção possa atrapalhar seu desempenho
Internacional|Do R7

O presidente dos Estados Unidos e candidato democrata à reeleição, Barack Obama, pediu a seus partidários que não deixem de comparecer às urnas no próximo dia 6 de novembro, no primeiro dos quatro atos de campanha dos quais participou no sábado (3).
"Temos apenas três dias. A mensagem mais importante é ir votar. Se já votaram, estimulem seus amigos e vizinhos. Mas tenham certeza que eles votarão em mim", brincou o presidente em uma escola da cidade de Mentor, no estado de Ohio, um dos mais disputados nesta campanha.
O presidente ressaltou que há "muito em jogo nestas eleições" como os sistemas de assistência sanitária Medicare e Medicaid, a recuperação do emprego e o fortalecimento da classe média.
Obama e Romney estão na reta final da campanha
Obama e Romney se concentram na conquista de Ohio
EUA: candidato pode ter 54% e mesmo assim não ser eleito
Neste sentido, enfatizou que "o país não pode ter êxito sem uma crescente e forte classe média. Os Estados Unidos sempre são melhores quando todo mundo tem uma oportunidade".
Segundo a última enquete da "NBC" e do "Wall Street Journal", Obama lidera neste estado com 51% dos votos frente ao republicano Mitt Romney, que tem 45%.
Nenhum candidato republicano chegou à Casa Branca sem vencer neste estado, que vários dos assessores de Obama afirmaram que será o que decidirá a reeleição.
Antes de partir para Milwaukee (Wisconsin) o presidente fez uma parada para assinar no Muro da Liberdade dedicado pelos estudantes da escola de secundária de Mentor aos alunos mortos em serviço militar desde a Segunda Guerra Mundial até as guerras mais recentes. "Sempre lembraremos aqueles que fizeram o sacrifício máximo por nossa liberdade", escreveu o presidente Obama.
O líder participará de um comício em Milwaukee junto com a cantora Katy Perry, antes de seguir rumo a Duburque (Iowa) para posteriormente unir-se ao ex-presidente Bill Clinton em Bristow (Virgínia), onde realizarão o último ato do dia.
Últimas pesquisas
Obama e o desafiante Romney permanecem essencialmente empatados na corrida pela Casa Branca três dias antes das eleições, marcadas para 6 de novembro, e com margens muito pequenas em quatro estados considerados indecisos, de acordo com a pesquisa diária de monitoramento de intenções de voto divulgada pela Reuters/Ipsos neste sábado.
Os dois candidatos estão disputando palmo a palmo a eleição em Ohio, Flórida, Virgínia e Colorado, mostrou a pesquisa.
Nacionalmente o eleitorado está dividido. Entre eleitores que possivelmente irão às urnas, 47% disseram apoiar Obama, enquanto 46% disseram que iriam votar em Romney, ex-governador de Massachusetts
Os resultados ficam dentro da margem de erro para a pesquisa, que é feita com entrevistas via internet.
Os dois têm figurados em uma disputa acirrada nas últimas semanas. Ambos realizam ações de campanha nos Estados indefinidos ao longo do fim de semana, tentando convencer o pequeno grupo de eleitores ainda indecisos e encorajar seus apoiadores a comparecerem às sessões eleitorais, já que o voto nos EUA não é obrigatório.
Alguns Estados, que tradicionalmente alternam votações entre candidatos democratas e republicanos, podem decidir a corrida pela presidência. E todos têm margens apertadas na pesquisa.
No Estado mais disputado, Ohio, Obama lidera com uma pequena margem, com 46% das intenções de voto, contra 45 de Romney.
Na Flórida, outro Estado importante, os candidatos estão empatados com 47%.
Na Virgínia, Obama lidera com 48% contra 45% de eleitores pró-Romney.
No Colorado, Romney venceria com 47% dos votos, contra 45 para Obama.
"Será uma eleição muito apertada", disse a pesquisadora Julia Clark, da Ipsos, acrescentando que Obama ainda tem mais chances de assegurar os votos dos 270 delegados necessários no colégio eleitoral.
Por outro lado, com os números tão apertados em todos os Estados indecisos, ela destaca: "Acho que não podemos contar com nenhum destes Estados como certezas neste momento."
A pesquisa online realizada pela Reuters/Ipsos tem margem de erro de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos.