Logo R7.com
RecordPlus

Em meio a ataques de ursos, Japão mobiliza tropas para instalar armadilhas

País registrou mais de 100 feridos e 11 mortes neste ano, incluindo uma mulher de 73 anos atacada ao levar o lixo para fora de casa

Internacional|Do R7

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Japão envia tropas militares à província de Akita devido a aumento de ataques de ursos.
  • Atividades de ursos resultaram em 11 mortes e mais de 100 feridos em 2025.
  • Ministro da Defesa afirmou que a situação é grave e as pessoas vivem com medo.
  • Especialistas ligam ataques a mudanças climáticas e despovoamento rural.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Placa alerta sobre presença de ursos em região do Japão Reprodução/Facebook/welcometosendai.japan

O governo do Japão decidiu enviar tropas militares à província de Akita, no norte do país, após um aumento recorde de ataques de ursos que já deixaram 11 mortos e mais de 100 feridos em 2025. As Forças de Autodefesa do país vão auxiliar na instalação de armadilhas e no transporte dos animais abatidos por caçadores locais. A decisão foi tomada a pedido das autoridades regionais, diante da escalada de ataques em áreas rurais e urbanas.

O ministro da Defesa, Shinjiro Koizumi, afirmou que a situação é grave o suficiente para justificar a mobilização militar. “Ursos têm aparecido em supermercados, e existe a possibilidade de um urso estar em frente à sua casa quando você acordar pela manhã. As pessoas estão vivendo com muito medo”, disse Koizumi em entrevista para a imprensa em Tóquio. Segundo ele, a prioridade é garantir a segurança da população sem sobrecarregar as tropas.


Especialistas atribuem o aumento dos ataques às mudanças climáticas, que reduziram a oferta de alimentos, e ao despovoamento de áreas rurais, o que abriu espaço para os animais se aproximarem de regiões habitadas. As espécies envolvidas são o urso-negro-asiático e o urso-pardo, que estão sendo vistos com mais frequência até nos arredores de Tóquio. Os incidentes costumam crescer entre outubro e novembro, período que antecede a hibernação.

LEIA MAIS

Em Akita, os casos se multiplicaram. A província registrou mais de 50 feridos e duas mortes neste ano, incluindo uma mulher de 73 anos atacada ao levar o lixo para fora e um homem de 38 anos morto próximo a um prédio público. No último fim de semana, uma agricultora de 85 anos foi ferida enquanto lavava rabanetes. O governador Kenta Suzuki pediu ajuda ao governo central e afirmou que o problema ultrapassou a capacidade das autoridades locais. “A situação já não é algo que a prefeitura e os municípios possam resolver sozinhos”, escreveu nas redes sociais.


A presença militar não será voltada ao abate dos animais. As tropas vão apoiar as operações logísticas, enquanto caçadores locais continuam responsáveis pela captura e eliminação dos ursos. O Japão já recorreu às Forças de Autodefesa em outras ocasiões para lidar com animais, como o controle de cervos em Hokkaido.

Segundo Koizumi, o Ministério da Defesa enviará primeiro uma equipe técnica para elaborar o plano de ação em Akita. “Não podemos permitir que encargos excessivos sejam impostos às Forças de Autodefesa. Por outro lado, também é errado ficar de braços cruzados enquanto vidas e meios de subsistência estão ameaçados”, afirmou o ministro.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


    Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.