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Entenda por que Trump decidiu impor novas tarifas à União Europeia e ao México

Decisão ocorre após meses de negociações frustradas entre Washington e seus parceiros comerciais

Internacional|Do R7

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Novas tarifas anunciadas por Trump devem entrar em vigor em 1º de agosto Isac Nóbrega/PR

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (12) a imposição de tarifas de 30% sobre as importações provenientes da União Europeia e do México. As novas taxas entram em vigor em 1º de agosto e foram formalizadas em cartas enviadas à presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, e à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Segundo Trump, a medida é uma resposta à persistência de déficits comerciais com o bloco europeu e à atuação considerada insuficiente do México no combate ao tráfico de drogas, sobretudo do fentanil.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • Trump impõe tarifas de 30% sobre importações da União Europeia e México a partir de agosto.
  • A medida é em resposta a déficits comerciais e ineficiência do México no combate ao tráfico de drogas.
  • Após negociações frustradas, a UE buscava acordo para eliminar tarifas, mas divergências impediram avanço.
  • Além disso, o Brasil também sofreu novas tarifas que atingem 50% nas exportações para os EUA.

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Na carta endereçada à União Europeia, o republicano criticou as “políticas tarifárias e barreiras comerciais” adotadas pelo bloco e afirmou que os Estados Unidos precisam se afastar de uma relação econômica que considera desequilibrada. Em 2024, o déficit comercial dos EUA com a UE chegou a US$ 235 bilhões.

No caso do México, o governo norte-americano afirma que o país vizinho não tem conseguido conter a ação dos cartéis de drogas, o que, segundo Trump, contribui para a crise de entorpecentes nos Estados Unidos. Ele classificou o território mexicano como um “playground do narcotráfico” e apontou que as tarifas visam pressionar as autoridades mexicanas a endurecerem o combate ao tráfico.


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A decisão ocorre após meses de negociações frustradas entre Washington e seus parceiros comerciais. A União Europeia esperava fechar um acordo mais amplo com os EUA, com eliminação mútua de tarifas sobre produtos industriais, mas divergências entre os membros do bloco e a falta de avanço nas conversas adiaram qualquer definição. A Alemanha pressionava por uma solução rápida, enquanto países como França resistiam a um acordo unilateral sob os termos propostos pelos americanos.

Nova rodada

As recentes tarifas somam-se a uma série de medidas semelhantes que Trump tem adotado desde o retorno à Casa Branca. Em cinco meses de gestão do republicano, a arrecadação com tarifas dos EUA superou US$ 100 bilhões. Nesta semana, o presidente também anunciou novas alíquotas para produtos do Japão, Coreia do Sul, Canadá e cobre importado.


Na última quarta-feira (9), o Brasil também virou alvo das tarifas de Donald Trump. Em carta enviada ao presidente Lula da Silva, o republicano impôs uma alíquota de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano.

No documento, Trump justifica a medida citando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Ele também destacou ordens do STF emitidas contra apoiadores do ex-presidente brasileiro que mantêm residência nos Estados Unidos.


“A forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma Caça às Bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!”, escreveu Trump.

Fórmula das tarifas

Ao ser questionado na última semana sobre os critérios usados para definir as novas tarifas, Donald Trump afirmou que os cálculos se baseiam em “bom senso, nos déficits comerciais, no histórico de como fomos tratados ao longo dos anos e em números brutos.”

“O Brasil, por exemplo, não tem sido bom para nós, não tem sido bom de jeito nenhum. Mas eles se baseiam em fatos muito, muito substanciais e também em fatos históricos. Se você olhar para o passado, nós já estivemos... Nunca tivemos ninguém na Casa Branca que entendesse os números ou se interessasse por eles como eu”, acrescentou Trump.

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