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Escritor britânico Salman Rushdie é esfaqueado em evento no oeste de Nova York

Polícia informou que suposto agressor foi preso; ainda não há detalhes sobre o estado de saúde da vítima

Internacional|Do R7, com informações da AFP


O escritor Salman Rushdie foi atacado em evento nos Estados Unidos
O escritor Salman Rushdie foi atacado em evento nos Estados Unidos

O escritor britânico Salman Rushdie foi esfaqueado no pescoço no palco de um evento no oeste de Nova York, nos Estados Unidos, nesta sexta-feira (12), segundo relatos. Ainda não há detalhes sobre o estado de saúde dele.

"O suspeito correu para o palco e atacou Rushdie e um entrevistador. Rushdie aparentemente foi esfaqueado no pescoço e foi levado de helicóptero para um hospital da região. Sua condição ainda é desconhecida", disse a polícia do estado de Nova York em um comunicado.

Segundo as autoridades, o suposto agressor foi preso.

Em vídeos postados nas redes sociais é possível ver pessoas correndo para socorrer o escritor no palco do evento logo após o ataque e, nos momentos seguintes, Rushdie sendo transportado para o hospital em um helicóptero por socorristas. 

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Rushdie se tornou alvo de uma fatwa — pronunciamento legal emitido por um especialista em lei islâmica — do aiatolá iraniano Ruhollah Khomeini, em 1989, pedindo a sua morte em razão de seu polêmico livro "Os Versos Satânicos". 

O romance foi considerado por alguns muçulmanos como desrespeitoso ao profeta Maomé.

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O escritor, que nasceu em 1947 em Bombaim em uma família de muçulmanos não praticantes e se declara ateu, foi forçado a se esconder quando uma recompensa US$ 3 milhões (R$ 15,2 milhões) foi colocada em sua cabeça, que ainda está de pé.

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Uma década escondido

Rushdie recebeu proteção policial do governo do Reino Unido, onde estudou e fez sua casa, após o assassinato ou tentativa de assassinato de seus tradutores e editores.

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Ele passou quase uma década escondido, mudando de casa repetidamente e incapaz de dizer aos filhos onde morava.

O escritor só começou a deixar sua vida como fugitivo no final dos anos 1990, depois que o Irã disse em 1998 que não apoiaria seu assassinato.

Atualmente, ele vive em Nova York e é um forte defensor da liberdade de expressão. Em particular, fez uma forte defesa da revista satírica francesa Charlie Hebdo depois que sua equipe foi morta a tiros por islâmicos em Paris em 2015.

Ameaças e boicotes persistem contra os eventos literários de que Rushdie participa, e seu título de cavaleiro, em 2007, provocou protestos no Irã e no Paquistão, onde um ministro do governo disse que justificava atentados suicidas.

No entanto, a fatwa não conseguiu sufocar a escrita de Rushdie e inspirou seu livro de memórias "Joseph Anton", em homenagem a seu pseudônimo enquanto estava escondido e escrito na terceira pessoa.

Os livros de Rushdie foram traduzidos para mais de 40 idiomas e seu romance "Midnight's Children", com mais de 600 páginas, foi adaptado para palco e tela.

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