Estudo calcula risco de queda de asteroide na Terra e compara com outras causas de morte; veja
Foram analisadas situações como queda de raio, envenenamento, ataque de elefante, acidentes de carro, gripe e raiva
Internacional|Do R7
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A probabilidade de um asteroide atingir a Terra pode ser pequena, mas não é zero. Um estudo conduzido pela física Carrie Nugent, do Olin College of Engineering, calculou as chances de que uma rocha espacial de grandes proporções colida com o planeta e comparou esse risco com outras causas de morte. Os resultados foram publicados no início de agosto no Planetary Science Journal.
Segundo a pesquisa, a chance anual de um asteroide com mais de 140 metros de diâmetro colidir com a Terra é de 0,009%. Com base em simulações de cinco milhões de objetos durante 150 milhões de anos, os cientistas estimaram que, em média, um impacto poderia ocorrer a cada 11 mil anos. “Analisamos os Near-Earth Objects, que são asteroides e cometas que passam a até 195 milhões de quilômetros da Terra. Em escala astronômica, essa é uma distância considerada próxima”, explicou Nugent.
Os pesquisadores não apenas avaliaram a probabilidade de colisão como também compararam o risco de morte por impacto de asteroide com outros eventos fatais. Foram analisadas situações que podem afetar a vida humana ao longo da expectativa média global de 71 anos, como queda de raio, envenenamento por monóxido de carbono, ataque de elefante, acidente de paraquedismo, acidentes de carro, gripe e raiva.
O levantamento mostrou que a letalidade do impacto de uma rocha espacial é semelhante à da gripe. No entanto, a influenza é muito mais provável de acontecer. A análise também revelou que morrer por causa de um asteroide é mais provável do que por raiva, mas menos provável do que em um acidente de carro. Além do risco de morte, os pesquisadores calcularam a probabilidade de uma pessoa presenciar um desses eventos ao longo da vida.
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O estudo lembra ainda que um impacto de grandes proporções poderia ser devastador. Asteroides com mais de 140 metros são maiores que um campo de futebol e teriam potencial para causar incêndios, tsunamis e mudanças climáticas extremas. O exemplo mais conhecido é o que ocorreu há 66 milhões de anos, quando uma colisão levou à extinção dos dinossauros e de outras espécies.
Para evitar uma catástrofe, agências espaciais desenvolvem medidas de defesa planetária. Uma das estratégias é desviar a trajetória de um asteroide por meio da colisão proposital de uma nave.
Em 2022, a Nasa testou a técnica na missão Dart. Uma sonda foi lançada contra o asteroide Dimorphos, de cerca de 160 metros de diâmetro, a uma velocidade de 24 mil quilômetros por hora. O impacto alterou a órbita do objeto e demonstrou a viabilidade do método, embora também tenha produzido um impulso maior que o esperado, sinal de que há fatores dinâmicos ainda desconhecidos.
Perguntas e Respostas
Qual é a probabilidade de um asteroide atingir a Terra?
A probabilidade de um asteroide com mais de 140 metros de diâmetro colidir com a Terra é de 0,009% ao ano. Um estudo estimou que, em média, um impacto poderia ocorrer a cada 11 mil anos.
Quem conduziu o estudo sobre o risco de asteroides?
O estudo foi conduzido pela física Carrie Nugent, do Olin College of Engineering, e os resultados foram publicados no Planetary Science Journal no início de agosto.
Quais outros riscos de morte foram comparados no estudo?
O estudo comparou o risco de morte por impacto de asteroide com outras causas, como queda de raio, envenenamento por monóxido de carbono, ataque de elefante, acidente de paraquedismo, acidentes de carro, gripe e raiva.
Qual é a letalidade do impacto de um asteroide em comparação com a gripe?
A letalidade do impacto de uma rocha espacial é semelhante à da gripe, mas a gripe é muito mais provável de ocorrer. Morrer por causa de um asteroide é mais provável do que por raiva, mas menos provável do que em um acidente de carro.
Quais são as consequências de um impacto de grandes proporções?
Um impacto de grandes proporções poderia ser devastador, causando incêndios, tsunamis e mudanças climáticas extremas. Um exemplo notável é a colisão que ocorreu há 66 milhões de anos, que levou à extinção dos dinossauros.
Que medidas estão sendo desenvolvidas para evitar catástrofes causadas por asteroides?
Agências espaciais estão desenvolvendo medidas de defesa planetária, como desviar a trajetória de um asteroide através da colisão proposital de uma nave. Em 2022, a NASA testou essa técnica na missão Dart, alterando a órbita do asteroide Dimorphos.
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