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EUA abrirão centros na Guatemala e na Colômbia para processar solicitações de migrantes

País governado por Joe Biden há meses buscando soluções para a esperada avalanche de pessoas em sua fronteira com o México

Internacional|Do R7

Os Estados Unidos abrirão centros na Colômbia e na Guatemala para pré-selecionar migrantes que poderão entrar no país, disse uma autoridade norte-americana nesta quinta-feira (27).

"Estabeleceremos centros regionais de processamento na Colômbia e na Guatemala, mas estamos conversando com outros países" da América Latina para abrir mais, disse a funcionária, que pediu anonimato, em entrevista coletiva por telefone.

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Os EUA utilizarão esses centros "para acelerar a pré-seleção" que tem como objetivo o acesso às vias legais de entrada no país.

Esses novos centros ficarão a cargo de "organizações internacionais aliadas", afirmou a funcionária. Neles, as pessoas serão atendidas por especialistas que avaliarão se podem acessar os programas disponíveis para os imigrantes.


Uma vez analisados os casos, "serão enviados para o reassentamento de refugiados ou outras vias legais, como o programa Parole (permissão de permanência temporária), a reunificação familiar ou vias trabalhistas existentes".

Os centros regionais de processamento também proporcionarão informação sobre as opções locais na América Latina e Caribe, incluídas as "oportunidades de regularização nos países anfitriões e serviços sociais" disponíveis.


Os critérios americanos para a recolocação de refugiados não mudarão, mas Washington espera "identificar mais pessoas elegíveis" para poder entrar no país.

Os centros permitirão "conduzir pessoas da região ao programa de admissão de refugiados dos EUA", informou a funcionária, especificando que serão "principalmente cidadãos do hemisfério ocidental e os países do Caribe".

Aliados

O governo do presidente democrata Joe Biden conta também com a colaboração de aliados como Espanha e Canadá.

Esses países "aceitarão referências dos centro regionais de processamento" para que os imigrantes possam acessar os seus programas de refugiados, afirmou a funcionária.

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Os Estados Unidos estão há meses buscando soluções para a esperada avalanche de imigrantes em fronteira com o México.

No 11 de maio, será suspensa uma norma sanitária conhecida como Título 42, ativada para frear a pandemia e que permite bloquear a imensa maioria dos estrangeiros na divisa.

"O fim do Título 42 não significa que a fronteira esteja aberta", afirmou outro funcionário que também pediu anonimato.

Uma vez que se suspenda, o governo aplicará o Título 8, como democratas e republicanos vêm fazendo há décadas, para processar as pessoas que chegam à fronteira sem um visto ou a documentação necessária para entrar no país.

O Título 8 permite expulsar todos aqueles que não tenham uma autorização para entrar e, diferentemente do Título 42, se tentarem voltar a entrar, será sancionada uma proibição de reingresso de ao menos cinco anos e possíveis processos penais.

Além da abertura dos centros regionais, o Departamento de Segurança Nacional anuncia nesta quinta "uma expansão do programa de autorização para reunificação familiar para cobrir os países do norte da América Central: Guatemala, El Salvador e Honduras, assim como a Colômbia", informou o funcionário.

As autoridades americanas ainda prolongarão o programa que permite os imigrantes usarem o aplicativo CBP One para agendar uma hora e um lugar para se apresentar em um porto de entrada. A medida se aplicará a aqueles que se encontram "no centro ou norte do México".

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