EUA destacam 5.200 militares para a fronteira com o México
Operação vai reforçar a segurança na divisa sul dos EUA, para evitar a chegada de uma caravana com cerca de milhares de imigrantes
Internacional|Do R7
As Forças Armadas dos Estados Unidos irão deslocar um contingente de 5.200 militares, incluindo soldados armados, para fortalecer o esforço do presidente Donald Trump para aumentar a segurança da fronteira do país com o México enquanto uma caravana de migrantes marcha em direção à divisa, disse um general nesta segunda-feira (29).
O general Terrence O'Shaughnessy, diretor do Comando do Norte dos Estados Unidos, disse que 800 militares estavam a caminho da fronteira com o Texas e que 5.200 estariam em direção à região sudoeste até o final da semana. O número é muito maior que os 800 ou 1.000 inicialmente previstos.
"Esse é apenas o início dessa operação. Vamos continuar a ajustar o número e informá-los sobre eles", disse O'Shaughnessy a jornalistas. "Mas por favor saibam que isso se soma aos 2.092 da Guarda Nacional que já estão sendo usados."
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O Pentágono se negou a comentar os números potenciais de tropas, dizendo que o planejamento ainda estava sendo feito para uma missão que arrisca envolver o Exército dos Estados Unidos em uma operação politicamente tensa poucos dias antes das eleições parlamentares de 6 de novembro.
O presidente Donald Trump, que aborda a caravana de migrantes centro-americanos em eventos de campanha antes das eleições, disse no Twitter que o Exército estaria esperando — sugerindo um papel muito mais direto no enfrentamento com os migrantes do que as autoridades de defesa dos Estados Unidos haviam indicado anteriormente.
"Muitos membros de gangues e várias pessoas más estão misturadas na caravana que se dirige à fronteira do Sul", publicou Trump no Twitter.
"Por favor, voltem, vocês não poderão adentrar os Estados Unidos a não ser que participem do processo legal. Isso é uma invasão do nosso país e nosso exército está esperando vocês", acrescentou.
A caravana composta em sua maioria por hondurenhos, estimada entre 3.500 e 7.000 pessoas que deixaram seus países em meados de outubro, está agora no sul do México.
Alguns migrantes já abandonaram a jornada, abalados pelas dificuldades do caminho, ou pela possibilidade de, em vez disso, fazerem uma vida nova no México. Outros se juntaram ao grupo no sul do México.