EUA voltam a pedir a Israel que proteja civis e permita ajuda humanitária na Faixa de Gaza
Por telefone, o presidente Joe Biden também reafirmou ao premiê Benjamin Netanyahu que Israel tem direito de se defender
Internacional|Do R7
Os Estados Unidos pressionaram neste domingo (29) Israel para proteger os civis em Gaza e aumentar imediatamente a ajuda humanitária, em meio a um clamor crescente sobre os custos humanos do bombardeio de três semanas de Israel ao enclave.
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O presidente americano, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro israelense, Netanyahu, que Israel tem o direito de se defender e deve fazê-lo de uma forma que seja consistente com o direito internacional sobre a proteção de civis, de acordo com a Casa Branca.
Biden e Netanyahu discutiram os esforços para proteger os mais de 200 reféns capturados por militantes palestinos do Hamas num ataque-surpresa a Israel em 7 de outubro que matou 1.400 pessoas.
A Casa Branca disse que Biden também “ressaltou a necessidade de aumentar imediata e significativamente o fluxo de assistência humanitária para atender às necessidades dos civis em Gaza”, à medida que os suprimentos diminuem na região.
Com o número de mortos na Faixa de Gaza na casa dos milhares e aumentando, o governo de Joe Biden tem estado sob crescente pressão para deixar claro que o seu apoio inabalável a Israel não se traduz num endosso geral a tudo o que o seu aliado está fazendo no enclave.
Em entrevistas a programas de TV neste domingo, o conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan, disse que Israel tem a responsabilidade de proteger a vida de pessoas inocentes em Gaza.
Washington estava fazendo perguntas difíceis a Israel, incluindo questões relacionadas a ajuda humanitária, sobre distinção entre terroristas e civis inocentes e sobre a forma como Israel está pensando na sua operação militar, disse Sullivan.
"O que acreditamos é que a cada hora, a cada dia desta operação militar, as FDI [Forças de Defesa de Israel] e o governo israelense deveriam usar todos os meios possíveis a sua disposição para distinguir entre terroristas do Hamas que são alvos militares legítimos e civis que não são", disse Sullivan à CNN.
Sullivan também disse que Netanyahu tem a responsabilidade de “controlar” os colonos judeus extremistas na Cisjordânia ocupada por Israel. “É totalmente inaceitável que haja violência extremista dos colonos contra pessoas inocentes na Cisjordânia”, disse ele.