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Ex-presidente do Peru atira em si mesmo após polícia tentar prendê-lo

Alan García é acusado de envolvimento com investigação de suborno relacionada à empreiteira Odebrecht. Ele passa por cirurgia de emergência

Internacional|Do R7, com agências internacionais

Ex-presidente do Peru, Alan García
Ex-presidente do Peru, Alan García Ex-presidente do Peru, Alan García

O ex-presidente do Peru Alan García atirou em si mesmo após a polícia chegar à casa dele em Lima para prendê-lo, nesta quarta-feira (17), por ligação com investigação de suborno relacionada à empreiteira Odebrecht, disse uma fonte de polícia.

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García foi levado imediatamente ao hospital Casimiro Ulloa, disse a fonte, que pediu anonimato porque não estava autorizada a falar com a mídia.

Segundo o jornal peruano La República, o ex-presidente tentou se suicidar com um tiro na cabeça — os agentes o encontraram já ferido em sua própria residência. 

A TV local America informou que García passa por uma cirurgia de emergência e estava em situação crítica. Imagens do filho de García e de apoiadores chegando ao hospital foram exibidas na televisão peruana.

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Erasmo Reyna, advogado de García, disse aos jornalistas que a condição do ex-presidente era "delicada". "No momento, ele está sendo operado. Vamos rezar a Deus para dar-lhe força", disse Reyna em comentários televisionados.

García, habilidoso orador que liderou o uma vez poderoso partido Apra por décadas, governou o Peru como nacionalista de 1985 a 1990 antes de se transformar em um defensor do livre mercado e ganhar um novo mandato de cinco anos em 2006.

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'Invenção de intermediários'

Mais cedo nesta semana, o ex-presidente classificou como especulação qualquer tentativa de vinculá-lo com as propinas pagas a seu ex-secretário pela construtora Odebrecht para vencer a licitação das obras da linha 1 do metrô de Lima.

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"Como em nenhum momento sou mencionado e nenhum indício ou evidência me atinge, só resta a especulação ou a invenção de intermediários. Jamais me vendi e está provado", disse García em mensagem publicada no Twitter.

Veja também: Veneno, suspeitos, testemunhas mortas: os mistérios em torno do caso Odebrecht na Colômbia

Recentemente, o Ministério Público peruano encontrou mais de US$ 4 milhões depositados pela Odebrecht em contas de Luis Nava, que foi secretário da presidência no segundo mandato de García, e do filho de Nava, José Antonio.

As transações, reveladas pelo site IDL-Reporteros, teriam sido feitas pelo setor de "operações estruturadas" da Odebrecht, esquema criado pela construtora brasileira para pagar propina em diferentes países da América Latina. 

Envolvimento de outro presidente

No início do mês, outro ex-presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, de 80 anos, teve a prisão preventiva decretada dentro das investigações que apuram as propinas pagas pela Odebrecht no país. Ele passou sua primeira noite na cadeia no dia 11 de abril. 

Kuczysnki está na sede da Polícia Nacional em Lima, onde a líder da oposição, Keiko Fujimori, também permaneceu após ser acusada de lavagem de dinheiro. 

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