Resumindo a Notícia
- Medvedev foi presidente da Rússia entre 2008 e 2012
- Ele é o atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia
- Tribunal Penal de Haia investiga acusações de crimes de guerra do país na Ucrânia
- Ex-presidente criticou o governo dos EUA e disse que o país nunca foi punido por suas guerras
Dmitry Medvedev, ex-presidente da Rússia, discursa em São Petersburgo
Valentin Yegorshin/Reuters - 29.06.2022O ex-presidente russo Dmitri Medvedev mencionou nesta quarta-feira (6) uma eventual utilização das armas nucleares, descartando a possibilidade de punição ao país pela justiça internacional, no momento em que o Tribunal Penal de Haia investiga acusações de crimes de guerra na Ucrânia.
"A ideia de punir um país que tem o maior arsenal nuclear do mundo é absurda por si só. E isto cria uma potencial ameaça à existência da humanidade", escreveu no Telegram o atual vice-presidente do influente Conselho de Segurança da Rússia.
Ele também criticou o governo dos Estados Unidos, que acusou de desejar levar a Rússia à justiça internacional, apesar de Washington nunca ter sido punido pelas guerras que iniciou em vários países do mundo e que, segundo o russo, deixaram 20 milhões de mortos.
Medvedev foi presidente de 2008 a 2012, em um período em que Vladimir Putin deixou o cargo devido a uma limitação legal de mandatos e assumiu o cargo de chefe de Governo.
O político russo, que também foi primeiro-ministro, era considerado uma figura moderada, mas desde o início da ofensiva russa na Ucrânia virou um dos principais críticos dos países ocidentais.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia investiga atualmente supostos crimes de guerra cometidos na Ucrânia.
A Rússia nega sistematicamente qualquer abuso atribuído a suas tropas como o bombardeio de civis, execuções sumárias ou estupros. E contra-ataca acusando a Ucrânia de crimes de guerra.