Crise na Venezuela

Internacional Grupo de Lima rejeita eleições legislativas venezuelanas

Grupo de Lima rejeita eleições legislativas venezuelanas

Bloco afirmou que as eleições aconteceram sem garantias de processo democrática, observação internacional, transparência, liberdade e segurança

  • Internacional | Da AFP

Fausto Torrealba/Reuters - 6.12.2020

O Grupo de Lima, que promove uma transição pacífica na Venezuela, afirmou nesta segunda-feira (7) que as eleições legislativas de domingo neste país "carecem de legalidade e legitimidade", o que significa que a vitória do chavismo não deve ser reconhecida pela comunidade internacional.

"Pedimos à comunidade internacional para que se una à rejeição destas eleições fraudulentas e apoie os esforços para a recuperação da democracia na Venezuela", afirma o Grupo em uma declaração assinada por 16 países e divulgada pela chancelaria do Peru.

O bloco, formado em 2017 por iniciativa do Peru, afirmou que as eleições aconteceram "sem as mínimas garantias de um processo processo democrático, de liberdade, segurança e transparência, nem de integridade dos votos, nem a participação de todas as forças políticas, nem de observação internacional".

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recuperou o controle do Parlamento, cinco anos depois de perder a maioria, em eleições boicotadas por quase toda a oposição e marcadas por uma elevada abstenção de 69%, além de uma forte rejeição internacional.

A declaração do Grupo de Lima foi assinada por Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Santa Lúcia, países que reconhecem o líder opositor parlamentar Juan Gauidó como presidente encarregado da Venezuela.

O Grupo pediu aos políticos venezuelanos que coloquem os interesses da Venezuela em primeiro lugar e se comprometam de maneira urgente a um processo de transição (...) para encontrar uma saída pacífica e constitucional" com "eleições presidenciais e parlamentares livres, justas e confiáveis".

EUA e Europa não reconheceram eleição

O governo dos Estados Unidos, que chamou de "farsa" estas eleições, lidera a pressão contra Maduro com sanções econômicas a Venezuela, incluindo um embargo do petróleo em vigor desde abril de 2019.

O governo britânico também anunciou que não reconhecerá a nova Assembleia Nacional venezuelana, reafirmando seu apoio ao líder opositor Juan Guaidó.

"O Reino Unido não reconhecerá a legitimidade de uma nova Assembleia Nacional venezuelana baseada em eleições profundamente falhas em 6 de dezembro", afirmou o ministro britânico das Relações Exteriores, Dominic Raab no Twitter.

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