Hamas: entenda proposta de cessar-fogo aceita pelo grupo terrorista
Avanço da negociação representa, até o momento, a chance mais concreta de suspender os combates; Israel ainda não se pronunciou
Internacional|Do R7
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O grupo terrorista Hamas confirmou nesta segunda-feira (18) que aceitou uma proposta de cessar-fogo no conflito com Israel. A trégua foi mediada pelo Egito e pelo Catar e prevê a suspensão das operações militares na Faixa de Gaza por 60 dias. O governo israelense ainda não se manifestou oficialmente sobre o acordo.
A informação foi divulgada inicialmente por agências internacionais e confirmada pelo alto funcionário do Hamas, Basem Naim, em uma publicação no Facebook. “O movimento deu sua aprovação à nova proposta apresentada pelos mediadores”, escreveu. Segundo uma fonte oficial egípcia ouvida pela Reuters, o pacto é considerado um passo importante para encerrar o conflito iniciado em outubro de 2023.
O texto prevê a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos. De acordo com a mesma fonte, metade dos reféns mantidos em Gaza deve ser libertada durante a trégua. O Exército de Israel estima que 49 reféns permanecem no enclave, incluindo os restos mortais de 27 pessoas.
Uma fonte próxima às negociações disse à Reuters que a proposta atual é quase idêntica a uma elaborada anteriormente pelo enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, que já havia recebido aval de Israel. O novo texto, no entanto, foi aceito pelo Hamas sem alterações.
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O chanceler egípcio, Badr Abdelatty, afirmou que o país está disposto a integrar uma força internacional para atuar em Gaza caso o Conselho de Segurança da ONU aprove uma resolução com mandato claro. “Estamos prontos para contribuir com qualquer força internacional que possa ser posicionada em Gaza”, disse. Ele acrescentou que o Cairo também apoia esforços internacionais em favor da criação de um Estado palestino.
Apesar do avanço diplomático, a situação no território permanece crítica. Mais de dois milhões de pessoas em Gaza vivem sob o risco de fome, segundo as Nações Unidas. Abdelatty afirmou que “a situação atual em campo é inimaginável” e destacou a urgência de um acordo.
Enquanto isso, a guerra continua. A Defesa Civil de Gaza informou que 11 pessoas morreram em novos ataques israelenses nesta segunda. O Exército de Israel também anunciou a aprovação de um plano para ampliar a ofensiva no enclave, incluindo a tomada da Cidade de Gaza. O chefe do Estado-Maior de Israel, general Eyal Zamir, declarou ser contra a ocupação total do território, mas confirmou que cumprirá ordens do governo.
A guerra já dura 22 meses. Os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023 deixaram 1.219 mortos em Israel, a maioria civis. A ofensiva militar israelense em resposta ao ataque matou mais de 61 mil palestinos, também em sua maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, cujos números são reconhecidos pela ONU.
A proposta aceita pelo Hamas representa, até o momento, a chance mais concreta de suspender os combates e abrir espaço para negociações de um acordo definitivo, mas ainda depende da resposta oficial do governo israelense.
Perguntas e respostas
Qual foi a proposta de cessar-fogo aceita pelo Hamas?
O Hamas confirmou que aceitou uma proposta de cessar-fogo mediada pelo Egito e pelo Catar, que prevê a suspensão das operações militares na Faixa de Gaza por 60 dias. O governo israelense ainda não se manifestou oficialmente sobre o acordo.
Quem confirmou a aceitação da proposta?
A confirmação foi feita pelo alto funcionário do Hamas, Basem Naim, em uma publicação no Facebook, onde afirmou que o movimento deu sua aprovação à nova proposta apresentada pelos mediadores.
Qual é o conteúdo da proposta de cessar-fogo?
A proposta inclui a liberação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos, com a expectativa de que metade dos reféns mantidos em Gaza seja libertada durante a trégua.
Quantos reféns israelenses estão atualmente em Gaza?
O Exército de Israel estima que 49 reféns permanecem em Gaza, incluindo os restos mortais de 27 pessoas.
Como a proposta se compara a negociações anteriores?
Uma fonte próxima às negociações informou que a proposta atual é quase idêntica a uma elaborada anteriormente pelo enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, que já havia recebido aval de Israel. O Hamas aceitou o novo texto sem alterações.
Qual é a posição do Egito em relação à situação em Gaza?
O chanceler egípcio, Badr Abdelatty, afirmou que o Egito está disposto a integrar uma força internacional para atuar em Gaza, caso o Conselho de Segurança da ONU aprove uma resolução com mandato claro. Ele também expressou apoio a esforços internacionais para a criação de um Estado palestino.
Qual é a situação humanitária em Gaza?
A situação em Gaza é crítica, com mais de dois milhões de pessoas vivendo sob o risco de fome, segundo as Nações Unidas. O chanceler egípcio destacou a urgência de um acordo, descrevendo a situação atual como inimaginável.
O que está acontecendo no conflito atualmente?
A guerra continua, com a Defesa Civil de Gaza relatando 11 mortes em novos ataques israelenses. O Exército de Israel anunciou a aprovação de um plano para ampliar a ofensiva no enclave, incluindo a tomada da Cidade de Gaza.
Qual é o histórico recente do conflito?
A guerra já dura 22 meses, com os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023 resultando em 1.219 mortos em Israel, a maioria civis. A ofensiva militar israelense em resposta ao ataque matou mais de 61 mil palestinos, também em sua maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, cujos números são reconhecidos pela ONU.
Qual é a importância da proposta aceita pelo Hamas?
A proposta aceita pelo Hamas representa, até o momento, a chance mais concreta de suspender os combates e abrir espaço para negociações de um acordo definitivo, mas ainda depende da resposta oficial do governo israelense.
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