Homem-bomba do Sri Lanka já havia sido preso e liberado em seguida
Ilham Ahmed Ibrahim — que era membro de uma importante família muçulmana de Colombo, a capital do Sri Lanka — detonou explosivo em hotel
Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7, com agências internacionais
Um dos homens-bomba envolvidos nos ataques ocorridos no domingo (21) que deixaram centenas de mortos no Sri Lanka já havia sido preso e liberado em seguida, segundo informações divulgadas pela rede de notícias americana CNN nesta quinta-feira (25).
Ilham Ahmed Ibrahim — que era membro de uma importante família muçulmana de Colombo, a capital do Sri Lanka — detonou um explosivo no hotel Cinnamon Grand. O irmão de Ilham, Imsath Ahmed Ibrahim, também participou dos atentados.
O pai dos irmãos, Mohamed Yusuf Ibrahim — um bem-sucedido exportador de especiarias — se encontra preso por suspeita de ajudar e encorajar seus filhos. Outros parentes também foram detidos.
Suspeitos de classe média
O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, declarou em entrevista à rede de notícias que a maioria dos homens-bomba eram de classe média alta, com ensino superior e vivências no exterior — um perfil que descreveu como "surpreendente". Segundo Wickremesinghe, parte dos envolvidos já estava na mira das autoridades antes dos ataques, mas sem evidências suficientes para justificar suas prisões.
O número de mortos na série de ataques no domingo de Páscoa no Sri Lanka contra igrejas e hotéis de luxo chegou a 359, segundo informações divulgadas por fontes oficiais, que revelaram nesta quarta-feira (24) suas suspeitas de que possam ocorrer "novos ataques" na ilha.
Os investigadores continuam tentando determinar quem são todos os responsáveis pelos atentados, reivindicados no início da semana pelo Daesh (também conhecido como Estado Islâmico), que foram inicialmente atribuídos ao grupo islâmico local National Thowheeth Jama'ath (NTJ).