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Igreja Católica pune bispo vencedor do Nobel da Paz por abuso sexual de menores

Carlos Filipe Ximenes Belo é suspeito de assediar jovens desde o início dos anos 1980, deixando o país apenas em 2002

Internacional|Do R7

Bispo Carlos Filipe Ximenes Belo deixou cargo no Timor-Leste em 2002
Bispo Carlos Filipe Ximenes Belo deixou cargo no Timor-Leste em 2002

O Vaticano confirmou nesta quinta-feira (29) as sanções contra o bispo Carlos Filipe Ximenes Belo, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1996 e importante figura na luta pela liberação de Timor-Leste, acusado de abusar sexualmente de menores durante décadas no país.

A Santa Sé, que começou a acompanhar o caso "pela primeira vez em 2019", impôs sanções disciplinares contra o bispo em setembro de 2020, informou nesta quinta-feira o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.

O bispo, de 74 anos, foi proibido de exercer o ministério e deve morar fora do Timor-Leste, país que precisou deixar há 20 anos, após as primeiras denúncias de abusos sexuais.

Entre as sanções adotadas há dois anos pelo Vaticano estão "limitações de movimentação e exercício do ministério e proibição de contatos voluntários com menores e com o Timor-Leste", informou o porta-voz do papa.


O Vaticano se pronunciou após uma publicação do semanário holandês De Groene Amsterdammer com denúncias de agressões sexuais e estupros contra adolescentes cometidos pelo religioso na década de 1990. Belo, contatado pela publicação, não respondeu as solicitações.

Ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1996, o bispo foi administrador apostólico de Dili, capital do Timor-Leste, de 1983 a 2002, quando renunciou ao cargo alegando motivos de saúde.

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